Mãe deixa a filha em cadeira de rodas com o padrasto, volta anos depois e não a reconhece - História do dia
Depois que a mãe de Michelle a abandona com o padrasto, a adolescente promete provar que não é um fardo, tornando-se bem-sucedida. Depois de superar muitos obstáculos, Michelle fica cara a cara com a mulher que a deixou de lado.
Michelle não percebeu que algo estava errado até que seu padrasto, Eugene, caiu no sofá e começou a chorar. Eles tinham acabado de chegar em casa e descobriram uma carta da mãe na mesa de centro. Essa mesma carta agora estava no assento ao lado de Eugene.
Michelle passou com sua cadeira de rodas pelo espaço entre o sofá e a poltrona. Ela se inclinou e pegou o papel.
"Michelle, não." Eugene tentou pegar o papel.
Michelle saiu de seu alcance. Ela precisava saber o que diabos estava acontecendo. Ela segurou a página com uma das mãos. Seus dedos tremiam ao ler as palavras de sua mãe:
"Não posso mais fazer isso. Você sabe que eu nunca quis ter filhos, mas dei o meu melhor para cuidar de Michelle mesmo assim. Esse fardo me tirou os melhores anos da minha vida. Mas agora que ela tem dezesseis anos, decidi que é hora de perseguir meu sonho de ser atriz antes que seja tarde demais..."
Michelle não leu o resto. Ela amassou a página em seu punho enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto. Fardo... era só isso que ela era? Uma gravidez acidental que sobrecarregava ainda mais sua mãe por precisar de cuidados extras? Seu olhar se voltou para Eugene.
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"E quanto a você?" perguntou Michelle. "Eu também sou um fardo para você? Não é como se eu fosse sua filha de verdade, então ninguém o culparia se você me deixasse em algum lugar como um cachorro."
"Nunca!" Eugene se aproximou correndo, ajoelhou-se e abraçou Michelle.
"Eu não entendo o que possuiu sua mãe, mas eu a amo como se fosse minha filha, Shelly, e nunca a abandonarei."
Michelle retribuiu o abraço de Eugene, mas as palavras da mãe estavam gravadas em seus pensamentos. Não era como se ela tivesse pedido para ser assim. Não era como se ela gostasse de depender dos outros para obter ajuda com seu cateter, fisioterapia ou qualquer outra coisa.
Eugene enxugou as lágrimas do rosto de Michelle com os polegares. "Olhe para mim, Shelly, e ouça com atenção, está bem? Essa é... bem, é uma situação horrível e chocante, mas você não fez nada de errado. Vai ser difícil, mas vamos continuar sem ela, certo?"
Seguir em frente? Não. Michelle decidiu naquele momento fazer o que fosse preciso para provar que sua mãe estava errada. Um dia, quando ela fosse extremamente bem-sucedida, chamaria um detetive para encontrar sua mãe e poderia exibir suas conquistas na cara dela.
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Michelle se esforçava muito na escola e se formou como a melhor da turma. Várias faculdades lhe ofereceram bolsas de estudo, e seus amigos ficaram chocados quando ela escolheu se formar em cinema.
"Tem certeza de que é isso que você realmente quer?" perguntou Eugene enquanto jantavam. "Você tem tantas opções de carreira disponíveis e estou preocupado que esteja escolhendo cinema pelos motivos errados."
Michelle franziu os lábios. "Eu quero ser diretora, Eugene. O que há de errado nisso?"
"Nada... desde que você não esteja fazendo isso por causa da sua mãe."
Michelle deu de ombros e voltou sua atenção para o jantar. "Eu gosto de filmes, você sabe disso, e eu realmente quero me dedicar à cinematografia. Aquela mulher não tem nada a ver com isso."
Ela nunca admitiria a Eugene, ou a qualquer outra pessoa, que muitas vezes imaginava sua mãe olhando para ela em choque depois de fazer uma audição para um filme que Michelle estava dirigindo.
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Os outros alunos olharam abertamente para Michelle quando ela entrou na sala. Uma jovem de cabelos cor de magenta se inclinou para sussurrar algo para a amiga, e as duas garotas riram. Michelle não pensou muito sobre o assunto até alguns dias depois.
O instrutor perguntou sobre o filme que a turma tinha assistido no dia anterior. Lila, a garota de cabelos cor de magenta, respondeu com um discurso ridículo sobre a superioridade do filme físico em relação à filmagem digital.
"Eu discordo", disse Michelle. "Acho que há vantagens e desvantagens em ambos. Embora haja uma certa aparência e sensação que você só pode obter com o filme físico, o digital permite uma gama maior de opções de edição que podem ser mais adequadas para o projeto que você está filmando."
"Só se você for preguiçoso", retrucou Lila. Ela não esperava que a nova garota em uma cadeira de rodas desafiasse sua opinião daquela maneira. Como ela se atrevia?
Os olhos de Lila se arregalaram de raiva quando ela deixou escapar: "O digital nunca superará a autenticidade de um filme gravado em película real. Simplesmente não é realista".
Michelle revirou os olhos.
"Bem, você pode filmar filmes mudos em monocromático se quiser, mas todo mundo está no século XXI."
Muitos alunos riram da resposta de Michelle e começaram a zombar de Lila. O instrutor interrompeu a discussão e pediu que os alunos voltassem ao assunto, mas Lila olhou para Michelle durante o resto da aula.
O dia não ia terminar bem para Michelle. Depois que as aulas do dia terminaram, Lila e suas amigas encurralaram Michelle em um corredor vazio.
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"Seu lugar não é aqui", rosnou Lila, enquanto se aproximava de Michelle. "E quero você fora da minha classe."
"Sua classe?" Michelle arqueou as sobrancelhas. "Controle-se."
Michelle se virou e forçou sua cadeira de rodas a passar por um espaço entre duas amigas de Lila. Quando ela se afastou, sua cadeira de rodas deu um solavanco e tombou para trás.
"Não tão rápido". Lila zombou dela. Ela estava segurando com firmeza as alças da cadeira de rodas de Michelle e agora a conduzia em direção a um armário de utilidades.
"Ei, me solte!" Michelle não conseguia se virar com eficiência com as rodas dianteiras fora do chão. "O que diabos você acha que está fazendo?"
"Mostrando a você quem manda aqui", respondeu Lila. "Não vim para a escola de cinema para ouvir pessoas como você."
"Você está louca?" Michelle estendeu a mão para trás e tentou tirar as mãos de Lila de sua cadeira de rodas. "Só porque você não concorda comigo, não significa que pode me enfiar em um armário."
"Ah, não é? É você quem tem um problema aqui", gritou Lila. "Durante toda a minha vida, tive de ouvir aberrações como você desdenhando de filmes realmente bons, porque tudo o que sua mente débil consegue compreender é aquela porcaria que é produzida para ganhar dinheiro. Não vou ouvir isso de jeito nenhum nas aulas de cinema também. Não se eu puder evitar. E da próxima vez que você quiser me cortar, pense neste momento aqui."
"Não faça isso, Lila. Apenas me deixe ir."
"Não até que você tenha aprendido a lição." Lila sorriu ao fechar a porta do closet e apagar a luz.
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Um zelador encontrou Michelle meia hora depois e chamou a segurança do campus.
"Acho que você não deve voltar para a faculdade até que essa garota seja expulsa", disse Eugene. "É muito perigoso."
Michelle suspirou.
"Não sei o que fazer, Eugene. Não entendo como uma pessoa pode ser tão fanática por um assunto tão insignificante a ponto de machucar outra pessoa."
"Algumas pessoas são simplesmente..." Eugene balançou a cabeça. "Eu não sei. Mas você não pode correr o risco de que ela o maltrate novamente."
"Eu já apresentei queixa." Michelle pegou a mão de Eugene com a sua. "Não vou deixar que ela saia impune disso. Obrigada, Eugene."
Eugene franziu a testa. "Mas eu não fiz nada."
"Você esteve ao meu lado sempre que precisei de você." Michelle sorriu. "Não tenho palavras para dizer o quanto o amo e o aprecio."
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"Talvez tenhamos uma luta difícil pela frente." O advogado de Michelle, Sr. Abubakar, disse enquanto estudava a papelada de Michelle. "Sua agressora, Lila, vem de uma família rica e certamente comparecerá ao tribunal com uma equipe completa de advogados." O Sr. Abubakar levantou o olhar para Michelle. "Tem certeza de que quer fazer isso?"
Michelle assentiu com a cabeça. "Sem dúvida."
"Ótimo. Você tem um caso forte, mas devo avisá-la de que nada é certo. Com tempo e recursos suficientes, que nossa oposição definitivamente tem, até mesmo o caso mais forte pode ser afundado quando chegar ao juiz e ao júri."
"Eu entendo. Não tenho medo de brigar, Sr. Abubakar, e farei tudo o que puder para ajudá-lo." Michelle se inclinou para frente e olhou nos olhos de seu advogado. "Mesmo que ela saia impune, quero saber que fiz tudo o que estava ao meu alcance para que ela fosse punida por me maltratar."
O Sr. Abubakar sorriu. "Certo, vamos nos encontrar novamente daqui a uma semana. Então, discutiremos nossa estratégia."
Michelle passou a mão pela mesa para apertar a mão do Sr. Abubakar. "Vejo você até lá."
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Na semana seguinte, Michelle passou todo o seu tempo livre pesquisando procedimentos legais e precedentes para casos de agressão como o dela. No início, foi um trabalho lento, pois ela não entendia a maior parte do linguajar jurídico, mas aos poucos foi se familiarizando com os termos.
Quando retornou ao escritório do Sr. Abubakar, ela trouxe uma pasta de anotações e um livro jurídico que tinha emprestado da biblioteca da faculdade.
"Espero que não se importe, mas fiz algumas pesquisas e encontrei algumas informações interessantes que podem ser úteis."
Michelle levantou a pasta de seu colo e a apresentou a ele.
O Sr. Abubakar pegou a pasta e examinou a primeira página. Suas sobrancelhas se franziram em concentração enquanto ele virava a página.
"Isso é útil." Ele sorriu para Michelle. "Eu já tinha anotado alguns desses casos, mas há outros aqui que também posso consultar."
"Ótimo." Michelle sorriu. "Eu estava um pouco preocupada com que isso fosse muito básico."
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O Sr. Abubakar balançou a cabeça. "Não, você fez um bom trabalho aqui, exatamente como um paralegal treinado. Você já fez aulas de direito?"
Michelle balançou a cabeça. "Eu só tenho um talento especial para a pesquisa."
O Sr. Abubakar começou a discutir a estratégia que queria usar no caso de Michelle. Enquanto ele procurava em sua mesa um documento que queria mostrar a ela, os olhos de Michelle foram atraídos para uma coleção de fotos emolduradas e anotações manuscritas penduradas na parede abaixo dos diplomas do Sr. Abubakar.
"Nossa, esse é um ator famoso", exclamou Michelle. "Você o conhece?"
O Sr. Abubakar deu uma risadinha. "Todas essas notas de agradecimento e fotos são de antigos clientes. Eu era sócio júnior em uma grande empresa de entretenimento."
"Por que você saiu?"
"Satisfação no trabalho." O Sr. Abubakar deu de ombros. "Meu eu mais jovem ficou impressionado com a oportunidade de trabalhar com todas aquelas pessoas famosas e estúdios de cinema, mas acabei percebendo que estava apenas ajudando pessoas fortes a intimidar os pequenos em acordos que não os beneficiavam." Ele franziu a testa. "Esse não é o tipo de pessoa que eu queria ser."
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Assim como o Sr. Abubakar previu, Lila compareceu ao tribunal com uma equipe de quatro advogados e seus assessores. Lila sorriu para Michelle quando o processo começou, mas o Sr. Abubaker logo transformou o sorriso em um beicinho furioso.
Apesar de todos os esforços do advogado de Lila para que o caso fosse arquivado, Michelle e o Sr. Abubakar não desistiram.
Eles lutaram muito e, por fim, o júri teve que votar a favor de Michelle. Lila foi condenada a prestar serviços comunitários.
"Obrigada, Sr. Abubakar. Não tenho palavras para lhe dizer o quanto isso significa para mim." disse Michelle ao sair do tribunal com seu advogado.
O Sr. Abubakar sorriu. "É por isso que faço este trabalho, Michelle, para garantir que os pequenos tenham uma chance justa. É algo que você também poderia fazer, sabia?".
Michelle franziu a testa. "O que você quer dizer com isso?"
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"Você tem um talento especial para a lei. Percebi isso quando estávamos montando seu caso." O Sr. Abubakar se aproximou. "Você poderia se tornar uma grande advogada e lutar contra as injustiças deste sistema comigo."
Michelle ficou intrigada com a sugestão do Sr. Abubakar, mas acabou dando de ombros. Ela estava empenhada em se tornar uma diretora e, embora nunca admitisse, sua visão de um dia reencontrar sua mãe.
Michelle voltou para a faculdade, mas logo percebeu que não seria tão fácil escapar do que aconteceu entre ela e Lila. Embora Lila tenha sido expulsa, seus amigos claramente guardavam rancor de Michelle e estavam determinados a fazê-la sofrer.
Vários alunos riram quando Michelle passou por eles a caminho da aula. Ela não pensou muito sobre isso até ver um segundo grupo de alunos que apontou abertamente para ela e começou a rir. Então, Michelle viu os pôsteres.
Alguém havia colocado o rosto dela em várias fotos de mulheres nuas e as espalhou pelas paredes. Calúnias vis foram rabiscadas nas imagens com um canetão vermelho.
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Michelle parou no corredor que levava à sua primeira aula e olhou para as fotos que a cercavam. Elas estavam por toda parte! Ela começou a chorar e se virou, afastando-se o mais rápido que pôde.
Michelle ligou para o Sr. Abubakar assim que chegou em casa. "O senhor estava certo." Ela fungou e enxugou as lágrimas.
"Os outros jovens da minha universidade ainda estão me perseguindo e nem mesmo a administração parece se importar."
"Você quer brigar com eles de novo?" perguntou o Sr. Abubakar. "Porque precisaremos de provas para pegar as pessoas por trás disso."
"Eu quero lutar contra eles e contra todos neste mundo que são cruéis e intimidam os outros. Decidi me tornar advogada como você, Sr. Abubakar. Alguém que usa seu poder para combater as pessoas más deste mundo. Pretendo mudar de curso amanhã e gostaria de saber se você poderia ser meu mentor?"
"Seria uma honra, Michelle."
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Sete anos depois...
Michelle concluiu seu curso de direito e, seguindo o conselho do Sr. Abubakar, trabalhou em uma grande empresa por dois anos.
"Você precisa saber como eles burlam o sistema para poder derrotá-los", disse ele, e ela logo percebeu que ele tinha razão. Quando não conseguiu mais suportar as práticas distorcidas da grande empresa, Michelle começou a trabalhar por conta própria.
Ela montou seu escritório e obteve uma boa renda. Por fim, colocou uma placa anunciando serviços jurídicos gratuitos para pessoas carentes às sextas-feiras. Infelizmente, sua saúde se deteriorou durante esse período. A cirurgia para sua condição médica não tinha sido viável antes devido aos riscos, mas agora Michelle não tinha escolha.
Depois de tirar uma licença prolongada para se recuperar da cirurgia e concluir seu programa de reabilitação, Michelle voltou ao escritório. Ela estacionou a cadeira de rodas em um canto da sala e caminhou lentamente até sua mesa para sentar-se na cadeira de escritório novinha em folha.
Era estranho usar as pernas. Ela havia se submetido à cirurgia apenas com a esperança de que sobreviveria e poderia continuar a fazer o bem para sua comunidade. Algumas pessoas até a parabenizaram nas redes sociais depois da cirurgia, como se o fato de poder andar a tornasse completa. Ela bloqueou todos eles.
Seu primeiro cliente chegou logo e distraiu Michelle de sua agitação interna. Michelle olhou para ela incrédula quando a mulher entrou em seu escritório.
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"É verdade que você ajuda as pessoas de graça se elas não puderem pagar?" perguntou a mãe de Michelle, Iris. "Eu não tenho emprego e não tenho dinheiro."
Michelle juntou as mãos em diante do rosto. Será que sua própria mãe não a reconhecia?
Michelle pensou em como era sua aparência quando adolescente. Ela usava os cabelos escuros em um corte curto, de menino, para que fosse mais fácil cuidar deles, e usava óculos o tempo todo porque era míope.
Agora, ela tinha substituído os óculos por lentes de contato, deixado o cabelo crescer até a altura dos ombros e o tingido de loiro. Era só isso que faltava para enganar uma mãe que não via a filha há anos?
"Acho que eu me enganei." Iris se levantou para sair, mas Michelle fez um gesto para que ela esperasse.
"Não, você tem razão. Eu só..." Michelle hesitou, a ponto de confrontar a mulher, mas não sabia como. Era mais fácil se concentrar no trabalho.
"Eu faço trabalho voluntário", continuou Michelle. "Por favor, diga-me por que precisa de ajuda jurídica."
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Michelle sempre imaginou se reunir com sua mãe quando era mais jovem. A maioria de seus devaneios mostrava Michelle em uma posição de poder, a epítome do sucesso. Por outro lado, sua mãe estaria infeliz com a necessidade e se desculparia profusamente com Michelle enquanto ela pedia um favor.
A realização de seus devaneios, na realidade, não era tão satisfatória quanto ela imaginara. Iris estava em apuros. Ela tinha batido no carro de luxo de um empresário influente enquanto dirigia embriagada, e os advogados do homem pretendiam processá-la.
"Sinceramente, acho que não posso livrá-la totalmente, mas podemos pressionar por uma sentença reduzida, possivelmente até mesmo serviço comunitário. Vou precisar de mais detalhes, mas antes, posso lhe oferecer algo para beber?"
Michelle tropeçou ao voltar com um refresco para elas. Iris rapidamente segurou seu cotovelo.
"Você está bem?" perguntou Iris.
Michelle acenou com a cabeça e apontou para a cadeira de rodas no canto. "Ainda estou me acostumando a andar."
Iris acenou com a cabeça distraidamente. Michelle pensou que essa seria a pista que sua mãe precisava para reconhecê-la, mas não, Iris ainda não tinha ideia de que sua advogada era a filha que ela abandonara.
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Michelle se encontrou com Iris várias vezes antes da data do julgamento. A cada vez, Michelle se perguntava se aquele seria o dia em que sua mãe a reconheceria, mas isso nunca aconteceu. Curiosamente, era exatamente disso que Michelle precisava para enterrar seus demônios.
Michelle lutou muito no tribunal e foi bem-sucedida. O juiz reduziu a sentença para um ano de prisão ou uma multa. Michelle ficou satisfeita, mas quando se voltou para Iris, a mulher estava chorando.
" Não tenho dinheiro para pagar a multa", soluçou Iris. "Vou ter que ir para a cadeia, afinal de contas."
Por impulso, Michelle se voltou para o juiz.
"Se o tribunal permitir, eu gostaria de pagar a multa em nome da minha cliente para que ela possa ir para casa imediatamente."
"Por que você faria isso por mim?" Iris colocou a mão em volta do pulso de Michelle.
"Você realmente não me reconhece?" Michelle inclinou a cabeça. "Isso pode refrescar sua memória."
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Michelle enfiou a mão em sua maleta e retirou um papel. Estava muito amassado por ter sido lido e amassado várias vezes ao longo dos anos, mas as palavras de Iris ainda eram claramente legíveis.
"Isso não pode ser real." Iris a encarou com a boca aberta.
"Você pode ficar com isso, eu não preciso mais." Michelle começou a arrumar suas coisas. "Lamento que você não tenha conseguido ser atriz, mas espero que tenha gostado de viver por conta própria."
"Espere, Michelle. Precisamos conversar."
"Não." Michelle balançou a cabeça. "Você nem sequer me reconheceu, sua própria filha. E sei que não tenho exatamente a mesma aparência da criança que você abandonou, mas vamos lá!"
"Por favor, deixe-me explicar."
Michelle saiu da sala do tribunal e deixou sua mãe para trás de uma vez por todas. Ela pagou a multa e voltou ao escritório para ajudar seu próximo cliente.
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O que podemos aprender com essa história?
- A vingança não leva à felicidade. Michelle planejou sua vida em torno do encontro com a mãe para poder se vingar dela, e isso só lhe trouxe infelicidade. Em vez disso, ela obteve sucesso e alegria quando se comprometeu a ajudar os outros.
- Faça as pazes com seu passado. Todo mundo passa por períodos de sofrimento, mas a única maneira de seguir em frente é encontrar uma forma de deixar a mágoa de lado.
Compartilhe essa história com seus amigos. Ela pode alegrar o dia deles e inspirá-los.
Este artigo foi inspirado em histórias da vida cotidiana de nossos leitores e escrito por um escritor profissional. Qualquer semelhança com nomes ou locais reais é mera coincidência. Todas as imagens são apenas para fins ilustrativos. Compartilhe sua história conosco; talvez ela mude a vida de alguém. Se quiser compartilhar sua história, envie-a para info@amomama.com.