Marido desaparece constantemente na garagem durante todo o dia e a sua esposa decide segui-lo - História do dia
Preocupada e furiosa com os desaparecimentos diários de seu marido em sua garagem, Cheryl decidiu se vingar. Mas quando a verdade sobre as ações do marido se revelou, ela tomou medidas drásticas para corrigir seus erros... e arruinou toda a sua vida.
Os talheres se chocaram contra os pratos enquanto Cheryl, Frank e sua filha, Annie, terminavam de jantar. Assim que as barrigas ficaram cheias, Frank se levantou, limpando a boca com um guardanapo de papel.
"Aonde você está indo?" perguntou Cheryl, franzindo a testa.
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"Para a garagem. Tenho algumas coisas para fazer", respondeu ele, caminhando em direção à porta da frente.
"Espere, Frank. Acho que poderíamos assistir a um filme hoje à noite. Faz tanto tempo que não fazemos nada juntos. A garagem fica do outro lado da cidade e já é muito tarde. Você não pode trabalhar naquele carro antigo mais tarde?", ela perguntou, quase implorando.
"Não, querida. Não terei tempo mais tarde. Estou pagando um bom dinheiro para alugar aquele espaço e tenho que usá-lo o máximo possível", disse ele, balançando a cabeça e calçando os sapatos.
Cheryl cruzou os braços, segurando a língua e tentando parecer relaxada, mas estava frustrada. Frank havia comprado um carro antigo que ela nunca tinha visto e, como a garagem da casa estava cheia, ele decidiu alugar um carro longe da casa deles.
"Quando vamos ver esse carro?" Cheryl continuou.
"Quando estiver pronto", murmurou Frank, deu-lhe um beijo de despedida e saiu.
"Para onde você está indo?", ela se virou para Annie.
A filha deles tinha 21 anos e estava na faculdade, mas ainda morava com eles porque a universidade ficava perto de casa. No entanto, Annie também estava se preparando para sair. "Estou indo para a casa da Sandra. Temos uma prova de química daqui a pouco", disse ela de improviso.
"Você viu o carro do papai?" Cheryl continuou, com os braços ainda cruzados.
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"Mãe, deixe isso para lá. Papai tem um hobby. Você também deveria ter um", Annie deu de ombros e saiu.
Suas palavras não foram reconfortantes, e Cheryl não aguentava mais. Ela pegou as chaves do carro e finalmente decidiu descobrir o que estava acontecendo. Seus punhos se fecharam em torno do volante enquanto ela saía da garagem e começava sua jornada.
"Como se qualquer um pudesse consertar carros hoje em dia", Cheryl zombou enquanto pegava a estrada em direção à garagem de aluguel da cidade.
Em seu íntimo, ela sabia que Frank estava escondendo alguma coisa. Não fazia sentido que um homem que nunca se tinha interessado por carros de repente comprasse e restaurasse um. Porém, ele tinha provas sobre o aluguel do espaço, o que a tranquilizou por um tempo. No entanto, com o decorrer dos dias, ela passou a desconfiar cada vez mais do silêncio do marido quando ele estava em casa.
Ele chegava em casa, comia e corria para a garagem na maioria das noites, retornando em horários estranhos. Certa vez, ela pensou ter sentido o cheiro de perfume de mulher quando ele se deitou, mas estava meio adormecida. Poderia ter sido sua imaginação.
Ainda assim, Frank não era o mesmo homem com quem ela tinha se casado. Cheryl tentou ser paciente. Mas os traidores nunca dizem a verdade a menos que sejam pegos, não é?
"Hoje é o dia em que eu o pego em flagrante, então", disse ela, aproximando-se do aluguel da garagem. Seus olhos imediatamente avistaram o carro de Frank na frente de uma vaga. Mas ela estacionou longe, por precaução, apagando as luzes e desligando o motor rapidamente.
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Mordendo os lábios, Cheryl pegou o celular e pensou no que fazer. Ela poderia lhe enviar uma mensagem urgente falsa dizendo para ele voltar para casa rapidamente. Isso faria com que ele e sua possível amante saíssem correndo da garagem.
Ela também poderia entrar lá rapidamente com a câmera ligada, pronta para pegá-los. "Sim, essa é a melhor opção. Preciso de provas da traição", disse ela, tirando o cinto de segurança e se preparando para sair.
Mas a porta da garagem se abriu naquele momento, e uma mulher com um vestido de lantejoulas brilhantes e cabelos loiros compridos saiu. Apesar de sua forte determinação de pegar o marido traindo, Cheryl ficou de boca aberta. Naquele segundo, ela percebeu o quanto queria estar errada sobre a traição de Frank.
Mas lá estava ela... uma mulher saindo da garagem em toda a sua bela glória. "Não, não, não. Isso não está acontecendo", a voz de Cheryl tremia enquanto ela colocava a cabeça no volante e batia nele suavemente.
Ela não tinha ideia do que fazer naquele momento. A amante tinha saído, então entrar na garagem para gritar na cara de Frank parecia estúpido e infrutífero. Ele provavelmente tentaria mentir e a chamaria de louca. Annie certamente ficaria do lado dele, pensou Cheryl. Ela era a garota do papai, não importava o que acontecesse.
Então, ela a puxou para cima depois de conseguir controlar suas emoções crescentes e ligou a ignição. Apesar de sua tendência a tomar decisões precipitadas, como pegar o carro e perseguir o próprio marido, ela precisava de mais tempo para pensar bem nas coisas antes de fazer outra escolha.
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Mas, enquanto dirigia para casa, percebeu que pensar não era o que ela queria. Ela não queria esperar por Frank, para ser sincera. Isso não vai acontecer. Cheryl queria agir, então um plano começou a se formar. Era estúpido, mas certamente funcionaria. Isso abriria as feridas do passado para Frank e o machucaria da mesma forma que ele a havia machucado.
***
"Não acredito que você me tenha ligado", sorriu o ex-amante de Cheryl, Adam, enquanto a garçonete entregava as bebidas. Eles estavam no bar mais chique de Rochester, Nova Iorque. Cheryl estava usando um vestido que não usava desde antes do nascimento de Annie.
Mas ela ainda se sentia bem e fabulosa nele. Seu cabelo estava perfeito e seu marido estava com sua amante, portanto, não havia culpa para ela. Todos os seus pensamentos giravam em torno da vingança; se ela se divertisse no processo, isso seria um bônus.
Ela riu das palavras de Adam, sacudindo as madeixas de uma forma sedutora. "Bem, faz tanto tempo", Cheryl sorriu timidamente para Adam, não deixando suas intenções à imaginação.
"Não me entenda mal. Estou feliz por você ter ligado, mas me sinto desconcertado", continuou ele, olhando momentaneamente para sua bebida. "O que mudou?"
Cheryl fingiu suspirar profundamente. "As coisas eram muito diferentes anos atrás. Eu não tinha ideia do que queria, mas agora percebo que cometi um grande erro quando não escolhi você, Adam", ela começou, sabendo como suas palavras atingiriam o coração.
Os olhos de Adam se arregalaram. "Uau. Sério?"
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"Você é casado ou está com alguém? Foi o momento errado para ligar?" perguntou Cheryl, sem se importar, mas avaliando para ver se ele estava aberto aos seus planos. Ela nunca diria a verdade a ele, mas precisava de uma pessoa disposta a seguir sua ideia.
"Não, eu já namorei aqui e ali, mas, Cheryl, ninguém jamais se comparou a você", revelou Adam com sinceridade. "Converso com meus amigos sobre você com frequência. Sobre o tempo que passamos juntos."
"Foi incrível, não foi?", ela sorriu, fingindo estar se lembrando.
"Sim. Foi lindo", continuou ele. "Sempre penso que você é 'aquela que escapou'. Que clichê, não é?"
"Não, Adam. Não é um clichê", ela parou, lambendo os lábios de forma sedutora e se inclinando para mais perto dele. "Percebi que me sinto da mesma forma."
"Sério?" Adam perguntou, sem fôlego. "E quanto ao Frank?"
"Tecnicamente, estamos juntos. Mas nosso casamento... não está funcionando. É terrível. Ele é chato e horrível. Acho que eu o teria deixado antes se não tivéssemos uma filha", mentiu Cheryl por entre os dentes.
Na verdade, ela nunca teria pensado em voltar para Adam. Embora o romance deles fosse do tipo que os adolescentes fantasiam - encontros explosivos, intimidade apaixonada e muita angústia - Cheryl sabia o que realmente importava.
Ela e Adam sempre brigavam, terminavam e voltavam a ficar juntos.
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Durante um de seus muitos rompimentos, Cheryl conheceu Frank e viu o que poderia ser um relacionamento real com comunicação, estabilidade e respeito. Ele era exatamente o oposto de Adam e perfeito em todos os sentidos. Então, quando Adam voltou, querendo-a de volta, Cheryl fez uma escolha. Foi a escolha certa, mesmo que Adam tenha demorado um pouco para entender a dica.
Mas olhar para trás só fez doer mais porque Frank a estava traindo, algo que ela nunca pensou ser possível. Cheryl não se arrependia de suas escolhas passadas, mas era estranho como a dor que ele causava só aumentava com o passar do tempo. Seu coração quase desmoronou quando ela se lembrou daquela mulher loira, e sua mente estava em turbulência enquanto ela tecia seu plano ainda mais em sua mente.
Mas ela não estava nem um pouco confusa com relação a Adam. Ele era apenas uma ferramenta. Um meio para um fim, e quando seu plano terminasse. Naquele momento, ela só precisava fingir.
"Então, vocês vão se separar?", ele perguntou, distraindo-a de seus pensamentos.
"Sim, e Adam, eu sei que já se passaram anos, mas você acha que nós poderíamos..." Cheryl começou, mexendo o dedo em seu copo.
"Sim!", ele respondeu, não deixando que ela terminasse a pergunta.
Cheryl sorriu de uma forma que ela esperava que fosse sedutora e que não demonstrasse sua vingança. "Maravilhoso."
***
"O que estamos fazendo aqui? O que é isso?" Adam perguntou, franzindo a testa quando a porta da garagem se abriu e eles entraram no imóvel alugado.
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Uma semana depois do encontro no bar, Cheryl sugeriu que se encontrassem no garage alugado na hora do jantar, sabendo que Frank apareceria logo em seguida. Adam concordou imediatamente.
Ela estava distraída com o próprio aluguel. Como sempre suspeitara, não havia nenhum carro lá dentro, mas havia gavetas, caixas, uma penteadeira, um armário e uma prateleira de sapatos... com saltos altos. A visão deles consolidou sua determinação de continuar com seu plano.
Frank chegaria e a dor com a qual ela estava lidando em silêncio - incapaz de derramar uma única lágrima - acabaria. Ela queria que ele machucasse e esperava que isso fosse suficiente. Havia uma pequena chance de que Frank nem se importasse. Afinal, ele tinha outra mulher, mas Cheryl tinha que continuar.
Então, ela se virou para Adam, estendendo os braços como uma dançarina de um programa de competição. "Esta é a garagem do Frank. Aparentemente, ele vem aqui para trabalhar em seu carro antigo. Não sei onde fica isso, mas vai funcionar de qualquer forma", disse ela, animada.
"Não estou entendendo."
"Tive a fantasia de ter um encontro aqui", continuou Cheryl, com um sorriso sedutor. "Há algo em uma garagem que me faz... não sei... sentir arrepios."
"Sério?" Adam perguntou, começando a sorrir.
"Sim. Você se lembra de como eu ficava quando você trabalhava na sua motocicleta", lembrou ela, aproximando-se de Adam. "Como eu vinha por trás de você e tocava suas costas... seus ombros..."
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Ela imitou todas as suas palavras e suas mãos sentiram o corpo trêmulo de Adam. Ele se convenceu quase que imediatamente porque suas mãos fortes agarraram o corpo dela e a prenderam à parede da garagem em um beijo ardente.
Ele não havia mudado em nada. Era assim como ela se lembrava dele. Adam gostava de poder, aspereza, paixão e urgência. Mas ela o desacelerava. Cheryl precisava que as coisas demorassem um pouco para que Frank pudesse chegar a tempo.
Mas logo ela ouviu um carro lá fora, e até Adam percebeu. "Está chegando alguém?", ele perguntou entre beijos.
"Não, não. Deve ser para outro aluguel", disse ela, distraindo-o e tirando a camisa dele para ser "flagrada" em uma posição mais comprometedora.
"Sim, papai. Eu sei onde você guarda seus sapatos", Cheryl ouviu enquanto seu corpo congelava. Não era Frank. Era Annie, e o entusiasmo de sua vingança se esvaiu imediatamente.
"Saia!", ela sussurrou com urgência, empurrando Adam para trás.
"O quê? O quê?", disse ele, limpando os lábios molhados.
"É a minha filha! Entre no armário! Agora!", disse ela, mantendo a voz baixa, mas demonstrando desespero. Ela pegou a camisa dele do chão e a jogou em seu peito. "VÁ! VÁ! VAI!"
Adam assentiu e entrou no armário o melhor que pôde, exatamente quando a porta da garagem se abriu e os olhos de Annie se arregalaram em choque. "Mãe! O que você está fazendo aqui?"
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Cheryl não teve tempo de inventar nenhuma desculpa, então desabafou: "Vim aqui para descobrir a verdade! Sei que seu pai está escondendo algo de mim!"
Annie ficou surpresa, mas permaneceu em silêncio, esperando que Cheryl continuasse. Então, ela se esforçou para dizer outra coisa.
"Onde está o carro antigo? Que lugar é esse? Quem precisa de uma penteadeira em uma garagem? Um closet? E sapatos femininos?", ela perguntou, apontando para tudo o que parecia fora de lugar na garagem. Mas um pensamento surgiu em sua mente. "Espere, Annie. O que você está fazendo aqui?"
Annie suspirou, esfregando a testa. "Estou aqui para pegar... alguns sapatos. Para o papai."
O mundo de Cheryl foi abalado mais uma vez. "Então você sabe que Frank está me traindo?"
"O quê? Não! Papai não está traindo você", disse Annie, frustrada.
"De quem são os sapatos, então?" perguntou Cheryl, sem querer parecer acusadora, mas incapaz de esconder isso. "Não acredito que você cobriria o romance dele."
"Eu já disse que papai não está tendo um romance. Mas estou acobertando algo", disse Annie, balançando a cabeça para si mesma. "Eu disse a ele muitas vezes para lhe contar a verdade, mas ele tem medo de que você o julgue."
"Annie, eu vi uma mulher saindo deste lugar dias atrás", Cheryl balançou a cabeça.
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"Você não sabe o que viu, mãe", continuou Annie, exasperada. "Mas hoje, vou lhe mostrar a verdade. Venha comigo."
Cheryl viu sua filha caminhando de volta para o carro e a seguiu com relutância. Estava chateada com ela e com raiva por seu plano ter ido por água abaixo. Mas não tinha escolha. Annie fez um gesto para que ela se apressasse. Cheryl olhou para o armário por um segundo e seguiu a filha.
Do carro, ela enviou uma mensagem rápida a Adam, dizendo-lhe que encontrasse a saída e que eles voltariam a se falar em breve. Annie dirigiu por apenas alguns quarteirões antes de estacionar o carro em frente a... uma boate. "Por que estamos aqui?" Cheryl se perguntou, olhando para os letreiros de neon e as pessoas na fila para entrar.
"Você vai ver", disse Annie, tirando o cinto de segurança e saindo.
Cheryl fez o mesmo, mas caminhou desajeitadamente atrás da filha enquanto ela passava pela longa fila de espera, cumprimentava o segurança que a conhecia pelo nome e as deixava entrar sem problemas.
"Minha vingança não foi responsável por uma visita a esse tipo de clube", pensou ela enquanto Annie pegava uma mesa e a incentivava a se sentar.
***
Annie pediu alguns drinques para Cheryl e elas assistiram a vários shows. Ela nunca tinha ido a esse tipo de lugar antes, mas os garçons eram gentis e as estrelas no palco eram lindas. Ela estava se divertindo com a filha.
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Eles tocavam música de dança entre as apresentações, e as pessoas se divertiam perto do palco com os artistas. A batida estava bombando seu coração e sua adrenalina, quase apagando os dias horríveis que ela tivera. Mas havia um problema.
"É por isso que estamos aqui", disse ela, e Cheryl se virou para ver as luzes mudando e, surpreendentemente, a mesma mulher que ela tinha visto na outra noite apareceu. Ela usava as mesmas roupas e começou a cantar uma bela versão de "Chiquitita", do ABBA.
"Você me trouxe para ver a amante do seu pai?", ela gritou com raiva para Annie por cima da música.
"Deus, mamãe!", a filha revirou os olhos. "Olhe melhor!"
Cheryl olhou para a mulher novamente e, finalmente, percebeu. Por baixo de toda aquela maquiagem, do vestido, dos saltos altos, dos sapatos e da peruca... estava o marido dela.
"Frank?", perguntou ela, arregalando os olhos para Annie, que assentiu com conhecimento de causa. "Meu marido é uma drag queen?"
"Sim."
"Há quanto tempo isso está acontecendo?"
"Bem, o show está acontecendo há apenas alguns meses, mas acho que pode ter sido um desejo latente ou um talento oculto", Annie respondeu cuidadosamente. "Desculpe-me por não ter lhe contado, mãe. Mas isso era coisa dele. Só descobri por acaso, quando meus amigos e eu viemos aqui uma noite."
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A boca de Cheryl se abriu e fechou várias vezes durante o número musical de Frank. Ele era bom. O público gostou dele, então ela bateu palmas com Annie quando ele terminou. Outra pessoa apareceu no palco, mas Cheryl não estava prestando atenção.
Ela estava pensando em seu relacionamento com Frank, tentando ver se havia algum sinal. Ele sempre gostou dos sapatos dela, mas muitos homens gostam sexualmente dos saltos altos das mulheres. Nada mais a havia alertado sobre suas tendências e desejos secretos.
Annie ficou em silêncio, deixando-a pensar no passado. "Por que ele escondeu isso?"
"Sério? Você não teria se importado com isso?", questionou a filha.
"Eu não sei. Mas teria sido muito melhor do que pensar que ele estava me traindo", Cheryl mordeu o lábio. "Podemos ir falar com ele?"
Annie sorriu e a levou para os bastidores.
Frank estava feliz por Annie ter chegado, pois ele a havia mandado especificamente para a garagem para pegar um par de sapatos que havia esquecido. Mas todos esses pensamentos desapareceram quando ele viu Cheryl com ela.
"Querida! O quê?", ele começou nervoso, tirando a peruca como se isso fosse esconder alguma coisa.
"Fique com a peruca, Frank", disse ela, dando um tapinha no ombro dele. "Eu já vi o show. Meu Deus, você me assustou. Pensei que estivesse me traindo."
"O quê?", continuou ele, olhando entre a esposa e a filha.
"É uma longa história", suspirou Cheryl. "Estou feliz por saber a verdade agora."
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Frank sorriu, piscando rapidamente com os sentimentos que percorriam seu corpo. No caminho de volta para casa, ele explicou como tinha sido difícil guardar esse segredo para ele.
"Você usou meus sapatos?" Cheryl perguntou diretamente.
"No começo", respondeu Frank, sorrindo levemente. "Mas eles não serviram. Seus pés são muito pequenos."
"Isso significa que você é uma mulher agora?", ela perguntou timidamente. Ela não sabia o que seria ofensivo ou ignorante demais.
"Não! As drag queens não são iguais às mulheres transgêneros. Essa é a identidade delas. Eu só me visto como mulher e faço shows para me divertir. Foi libertador, admito. Mas sei que sou um homem e amo você, Annie e nossa vida juntos", respondeu Frank.
Cheryl se sentiu melhor, sabendo mais sobre o marido e podendo fazer essas perguntas tão abertamente. "Mas como você foi parar naquela boate?", perguntou ela ao chegarem em casa.
"O dinheiro tem sido difícil desde que Annie começou a faculdade. Procurei por shows extras na Internet e encontrei uma vaga apenas para organizar o palco e controlar o equipamento. Como um assistente de palco. Mas então, fiquei fascinado pelos shows, comecei a cantar junto e, bem, acho que as outras drags contaram para o gerente. Ele conversou comigo e disse que o salário era melhor e que eu receberia uma parte das gorjetas", explicou. "E foi simplesmente... Quase natural. Como se fosse para acontecer sempre."
Ele fez uma pausa por um segundo. "Não precisamos nos preocupar por enquanto, já que as pessoas parecem gostar de mim", Frank riu, abrindo a porta do carro.
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"Eu não sabia que estávamos com problemas", disse Cheryl, agarrando o braço dele para detê-lo na varanda.
"Não estamos, mas, sinceramente, eu estava morrendo no meu emprego normal. O dinheiro também não era suficiente. Agora, adoro meu trabalho de escritório porque sei que, à noite, estarei fazendo algo incrível e ganhando mais para nossa casa. Para a nossa família", explicou Frank, assegurando-a. "Isso me deu paz de espírito e é como se um mundo totalmente novo tivesse se aberto."
"Isso parece emocionante", Cheryl sorriu. "Mas por que esconder isso de mim?"
"Eu não sabia que você seria tão aberta a isso. Seu marido usando salto alto, um vestido e uma peruca. Isso não é exatamente fácil de engolir. Mas obrigado. Sinto-me mais leve agora que isso foi divulgado e que você recebeu a notícia com tanta facilidade. Isso não é algo que eu imaginava fazer, mas finalmente me sinto eu mesmo."
"Frank, eu pensei que você estava me traindo e fiquei louca nos últimos dias, tentando pegá-lo ou algo assim", suspirou Cheryl. "Comparado a isso, isso é... muito bom. Eu posso aceitar isso."
Eles se abraçaram, sem precisar de mais palavras.
Annie chegou em seu carro naquele momento, e todos entraram, prontos para continuar discutindo o que havia acontecido e como seguiriam em frente como uma família. Cheryl entendeu por que ele e Annie haviam escondido a verdade. Foi um choque, e muitas mulheres provavelmente não ficariam bem com isso. Mas Cheryl não se importava.
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Ela amava seu marido e sua família. Ela sabia que não havia homem melhor do que Frank para ela. Portanto, se ele gostasse de fazer drag, Cheryl o apoiaria. Depois de planejar sua vingança de forma tão vingativa, era o mínimo que ela poderia fazer.
***
"Acho que você deveria adicionar mais Shania Twain ao seu set. As músicas dela sempre agradam o público", comentou Cheryl na manhã seguinte, enquanto comia panquecas.
Elas riram na mesa do café da manhã e tudo estava bem no mundo. Mas a campainha da porta tocou.
"Vou atender", disse Cheryl, limpando a boca e quase pulando para a porta. Um rápido olhar pelo buraco da porta gelou suas veias. Ela olhou para a família e abriu um pouco a porta, saindo antes que Annie e Frank percebessem.
"Que diabos você está fazendo aqui?", ela zombou de Adam, que estava do lado de fora, parecendo atônito e chateado.
"Eu? Eu? Que diabos aconteceu ontem?", perguntou ele, apontando o dedo para o peito.
"Ah, cara. Desculpe, esqueci que você estava no armário", disse Cheryl, olhando para cima. "Olhe, você tem que ir embora. Não podemos ser vistos aqui juntos."
"Não me mande embora de novo, Cheryl. Você me disse que ele era um erro. Ele foi a escolha errada. Você disse que deveria ter me escolhido. Eu deixei você ir embora uma vez e não vou fazer isso de novo", insistiu Adam, sua voz ficando mais alta.
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"Quieto, quieto, quieto. Eles vão ouvir você", ela levantou as mãos, tentando acalmá-lo.
"A menos que tudo tenha sido uma mentira? Você estava tentando ser apanhada naquela garagem? Estava me manipulando?" Adam acusou, com as sobrancelhas franzidas e a testa toda enrugada.
"Não! Por favor, Adam. Juro que não foi uma mentira, mas não podemos conversar aqui. Podemos conversar em outro lugar? Dê-me seu endereço. Vejo você mais tarde", disse Cheryl, abrindo os olhos como os do Bambi.
Adam ficou olhando em silêncio por alguns segundos e assentiu. "Tudo bem, vejo você às 4 horas."
"Tudo bem", ela suspirou e entrou. Ela disse a Annie e Frank que o vizinho deles havia aparecido, querendo discutir algo estúpido sobre o HOA. Eles acreditaram nela facilmente e continuaram conversando sobre as futuras apresentações de Frank.
Cheryl estava tão feliz antes, mas agora tinha que pensar em uma solução para Adam. "Como faço para tirá-lo de cima de mim?"
***
Durante o relacionamento deles, Adam sempre acreditou que poderia reconquistar Cheryl. Eles terminaram tantas vezes que isso se tornou a norma. Ele estava acostumado a conquistá-la.
Quando ela e Frank ficaram juntos pela primeira vez, Adam tentou de tudo para separá-los. Ele não desistiu, mesmo depois do noivado e do casamento. Suas ligações continuavam, embora ela as ignorasse.
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Cheryl nunca teve certeza, mas a fixação dele terminou quando ela teve Annie. Ainda assim, Cheryl sabia que ele não pararia se ela tentasse retirar o que havia dito no bar. Ele era implacável. Isso não seria um problema em circunstâncias normais, mas e se ele contasse a Frank sobre o bar e a garagem? Ela não podia permitir isso.
Enquanto dirigia para o apartamento dele, Cheryl tentou pensar em uma maneira de impedi-lo de entrar em contato ou ligar novamente. Mas seu cérebro estava vazio. Nada. Ela teria que improvisar quando chegasse à casa dele.
Adam abriu a porta de seu apartamento com uma expressão séria e a deixou entrar.
"Cheryl, eu estive pensando. O divórcio é caro e difícil, mas não precisa ser assim. Posso descobrir alguns podres sobre Frank e facilitar as coisas para você. Eu pago o advogado", começou Adam, não deixando Cheryl dizer uma palavra.
Cheryl voltou atrás. "Adam, eu amo você. Eu o amo tanto que nem sei como vivi sem você todos esses anos. Mas Frank é o pai da minha filha. Você não pode machucá-lo."
Adam sorriu e se aproximou. "Eu só estava preocupado... que você não me escolhesse novamente se o divórcio fosse muito difícil. Eu sinto muito. Eu posso conversar com Frank. Podemos conhecer sua filha. Podemos pensar em algo".
"Essa é uma boa ideia, querida", Cheryl tocou o rosto dele, mantendo a farsa. "Você tem algum vinho?"
"Sim, tenho", disse Adam com alegria.
"Posso usar o seu banheiro?"
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"Claro, é aquela porta fechada ali."
"Obrigada", disse ela, fechando a porta rapidamente, com vontade de cair de joelhos e gritar de frustração. Em silêncio, ela soltou vários palavrões e tentou pensar... pensar. Ela só estava concordando com isso para apaziguá-lo e não incitar seu impulso competitivo, mas isso não funcionaria para sempre.
Ela jogou um pouco de água no rosto e sentiu uma dor de cabeça chegando. Depois de abrir o armário de remédios, Cheryl imediatamente viu um pouco de Tylenol e pegou o frasco, apenas para revelar outro, que era muito mais interessante.
"Pílulas para dormir", sussurrou ela, esfregando o queixo com uma das mãos. Ela pegou o frasco também, sem pensar muito em seu próximo passo. Ela saiu do banheiro e viu Adam abrindo uma garrafa de vinho.
"Não é aquele que você sempre gostou, mas eu gosto", comentou Adam enquanto servia a taça.
"Obrigado. Hmmm... você tem erm..." Cheryl gaguejou, tentando pensar em uma distração. "Você tem Tylenol ou algo assim?"
"Deve estar no armário de remédios", respondeu Adam, apontando para o banheiro.
"Oh, ugh. Não me sinto à vontade para mexer nas coisas de outras pessoas", disse ela, dando de ombros.
"Deixe-me pegar", disse Adam e se apressou. Cheryl não teve muito tempo. Ela havia escondido o frasco de Tylenol nos bolsos, mas Adam perceberia rapidamente que não estava lá.
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Felizmente, os comprimidos para dormir eram do tipo com pó envolto em uma pílula, então ela abriu o máximo que pôde, despejou-os no vinho dele e mexeu para dissolvê-los.
"Sinto muito. Acho que estou fora de mim", disse ele, balançando a cabeça ao sair do banheiro.
"Não se preocupe. Deve ser o estresse. Vamos beber este vinho e relaxar", ela lhe ofereceu a taça. Eles se sentaram no sofá dele, bebendo, e Cheryl tomou um gole, observando-o.
"Ugh. Esse vinho estragou ou algo assim", disse Adam.
"Ah, você nunca gostou de vinho", provocou Cheryl, sabendo que ele morderia a isca.
"É mesmo? Agora sou um homem muito sofisticado", disse ele, bebendo sua taça.
"Isso não tem muita classe", disse ela, balançando a cabeça.
"Mas você me ama", acrescentou ele.
"Claro."
Eles conversaram por um tempo até que as palavras de Adam começaram a ficar arrastadas e seus olhos giraram. Finalmente, ele caiu no sofá.
"Oh, graças a Deus", disse ela, levantando-se e pegando sua bolsa.
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"Cher", balbuciou Adam e, de repente, caiu na poltrona, com o corpo se contorcendo de forma estranha. Seus olhos estavam abertos e enlouquecidos, e uma espuma escorria de sua boca.
Cheryl não estava exatamente preparada para aquela reação aos comprimidos e, por uma fração de segundo, pensou em ligar para a emergência. Mas não podia. Adam precisava sair de suas vidas para sempre.
Então, ela saiu, fechando a porta sem olhar para trás.
***
Alguns dias depois, Frank e Cheryl reservaram uma viagem para a sua cabana favorita e estavam no check-in do aeroporto. O relacionamento deles estava melhor do que nunca desde que o segredo foi revelado, e ela até assistiu a mais apresentações dele. Ele incluiu uma música da Shania Twain em sua lista, o que foi muito bom.
Seus amigos ficaram chocados com o apoio que Frank recebeu de sua esposa, e Cheryl se sentiu orgulhosa de sua família progressista. Algumas coisas ainda eram confusas, mas eles estavam indo muito bem.
"Deixe-me ajudá-la com a bagagem de mão", disse Frank e pegou as coisas dela com uma mão, colocando a outra na cintura dela para guiá-la em direção à área de segurança.
Um tumulto inesperado os deteve, pois vários policiais correram com a segurança do aeroporto.
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"Oh, não. O que poderia ser?" Cheryl se perguntou, preocupada.
"Talvez devêssemos ter dirigido diretamente para a cabana", acrescentou Frank.
"Lá está ela!", um oficial de repente apontou diretamente para Cheryl e todos os outros se aglomeraram na direção deles.
Cheryl ficou com o coração apertado e olhou para Frank com os dentes superiores mordendo com força os lábios inferiores.
"Policiais, deve haver algum tipo de erro", afirmou Frank calmamente quando chegaram até eles, mas eles não os ouviram.
"Sra. Smith, a senhora está presa por tentativa de homicídio", disse um policial ao agarrar os braços dela para algemá-la. Ela não lutou, mas seu marido estava frenético enquanto outros policiais o puxavam para trás. Ela só conseguia balançar a cabeça e fechar os olhos.
O que podemos aprender com essa história?
- Sempre pense antes de agir. É um erro tomar decisões precipitadas quando suas emoções estão à flor da pele. Você pode acabar se arrependendo de suas ações.
- Ser honesto com sua família é fundamental para evitar problemas. Frank deveria ter sido mais franco sobre seu show de drag, mas Cheryl também deveria ter sido aberta sobre a "mulher" que ela viu saindo da garagem.
Compartilhe essa história com seus amigos. Ela pode alegrar o dia deles e inspirá-los.
Este artigo foi inspirado em histórias da vida cotidiana de nossos leitores e escrito por um escritor profissional. Qualquer semelhança com nomes ou locais reais é mera coincidência. Todas as imagens são apenas para fins ilustrativos. Compartilhe sua história conosco; talvez ela mude a vida de alguém. Se quiser compartilhar sua história, envie-a para info@amomama.com.
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