Professor repreende menino por chegar atrasado; no dia seguinte, uma senhora idosa vai à escola e pede conhecê-lo - História do dia

Um professor repreende um garoto por chegar tarde à aula e exige que ele encontre seus pais. Mas o garoto não aparece no dia seguinte e somente vai sua avó, que diz que o menino está doente. O professor, não convencido, faz uma visita surpresa mais tarde, apenas para descobrir que a vida do garoto é muito mais difícil do que ele pensava.

Era o primeiro dia do Sr. Morgan como professor nessa escola. Ele chegou cedo, repassou a lição que daria aos alunos e tudo parecia perfeito, exatamente como ele havia planejado para aquela manhã.

Como um professor jovem e novato, o Sr. Morgan estava determinado a ser rigoroso, mas justo. Ele queria que seus alunos soubessem que ele era um bom mentor, mas não estava para tolerar bobagens....

A conversa na sétima série parou assim que o Sr. Morgan entrou e deixou seu registro sobre a mesa. As crianças se remexeram em seus assentos e houve um silêncio de pedra quando ele se apresentou como seu novo professor de História.

E quando o Sr. Morgan começava a aula sobre a Grande Depressão e a Segunda Guerra Mundial, a porta da sala de aula se abriu de repente.

A classe ficou em silêncio e todos se viraram para ver quem estava interrompendo a aula. Um garoto entrou com os olhos fixos no chão e se sentou sem dizer uma palavra nem olhar para o professor.

"Bom dia, rapaz!", disse o Sr. Morgan, com sua voz severa. "São 9h15, você está 20 minutos atrasado para a aula, tem um bom motivo?"

Mas o garoto ficou sentado sem responder ao Sr. Morgan.

"Poderia se levantar e se apresentar?", acrescentou o Sr. Morgan.

"Sou Archie", respondeu o garoto ao se levantar e olhar para cima, esfregando os olhos cansados. Archie parecia muito desalinhado e grogue, como se não tivesse dormido nada na noite anterior.

"Prazer em conhecê-lo, Archie. Sou seu novo professor de história. Você está atrasado para a aula, sabe, poderia me dizer por quê? Você acabou de chegar, tarde e sem justificativa, e não vou tolerar esse comportamento em minha aula.

Archie hesitou por um momento. "Sinto muito, senhor. Eu dormi demais. Não tive a intenção de me atrasar. Só estava cansado e... Isso não acontecerá novamente, senhor", concluiu Archie, incapaz de controlar o bocejo. A classe inteira soltou uma risada.

"Silêncio!" disse o Sr. Morgan. "Archie, você não pode se atrasar tanto assim para a aula. Posso ver sua lição de casa? Ouvi dizer que seu professor anterior de História dava lição de casa todo fim de semana. Mostre-o para mim, está bem?"

Enquanto o Sr. Morgan folheava o caderno de Archie, sua expressão ficou constrangida. "Parece que você não fez a lição de casa, Archie."

"Eu não fiz, senhor", disse Archie, envergonhado, recusando-se a dizer o motivo. Foi então que a paciência do Sr. Morgan começou a se esgotar. Ele se voltou contra o garoto.

"Archie, o que é isso? E aquilo? Você não fez nenhum dos seus deveres de casa durante todo o período", repreendeu o aluno na frente de toda a classe. "Eu me pergunto como você conseguiu fazer isso. Isso é inaceitável e não posso tolerar esse tipo de comportamento em minha classe. Quero conhecer seus pais amanhã... logo pela manhã, ouviu? Ou eu o levarei diretamente à sala do diretor e ele cuidará de você, está claro?"

Archie se sentiu constrangido. Ele podia ouvir seus colegas de classe sussurrando coisas sobre ele e rindo.

"Está me ouvindo?" A voz do Sr. Morgan o abalou.

"Sim, senhor", murmurou o aluno, e se deixou cair em seu assento.

Mas Archie não compareceu à aula no dia seguinte, e o Sr. Morgan começou a se preocupar.

"Que estranho! Eu disse a Archie para trazer seus pais hoje e ele está ausente? Espero não tê-lo assustado nem nada do gênero. Eu só queria ajudá-lo", pensou o Sr. Morgan.

"Muito bem, turma! Vejo vocês amanhã... E não se esqueçam da lição de casa. Deve ser entregue daqui a dois dias", disse o Sr. Morgan enquanto juntava suas coisas e se preparava para sair. Nesse momento, ele notou uma mulher mais velha, que parecia ter uns 80 anos, esperando do lado de fora da sala de aula.

"Desculpe-me, está procurando alguém?", perguntou o Sr. Morgan.

"Sou Willow, a avó de Archie", respondeu a mulher ao entrar.

"Prazer em conhecê-la, senhora. Archie não veio para a escola hoje, está tudo bem com ele?".

A avó balançou a cabeça. "Não, meu neto estava um pouco doente esta manhã, então eu disse a ele para não ir à escola... Archie me disse que você queria conhecer os pais dele. Então, sobre o que você quer conversar? Minha filha não pôde vir. Você pode falar comigo e eu passarei a mensagem adiante".

O Sr. Morgan percebeu a tensão nas palavras da mulher.

"Espero que Archie se sinta melhor logo. Eu queria me reunir com seus pais para conversar a respeito dele. Senhora, estou preocupado com seu comportamento recente em sala de aula. Quero me certificar de que Archie receba a ajuda necessária para melhorar suas notas. Ele não fez a lição de casa durante todo o período e ouvi dizer que está sempre atrasado para a aula. Os exames de meio de semestre estão chegando e Archie precisa estudar mais."

A avó de Archie parecia não estar convencida e desculpou seu neto com o Sr. Morgan.

"Archie é um bom menino. Tenho certeza de que ele não é o único aluno que não faz a lição de casa ou que chega atrasado à aula. O senhor verificou a lição de casa de todos os outros alunos e se reuniu com todos os pais deles? A mãe de Archie está com a saúde debilitada há algum tempo, mas pedirei a ela que nos visite em breve, se você achar necessário. E eu lhe agradeço por cuidar tão bem do meu neto. Mas não se preocupe, Sr. Morgan... estamos aqui para ajudá-lo.

O Sr. Morgan não pôde deixar de se sentir frustrado.

"Eu entendo, senhora. Mas sou seu professor... e é meu dever garantir que Archie receba a ajuda necessária para manter suas notas altas. Eu até verifiquei seus últimos exames. Ele foi reprovado na maioria das disciplinas e, nesse ritmo, não acho que deixá-lo continuar assim vá ajudá-lo a longo prazo. E sim, eu gostaria de conhecer a mãe dele.

A mulher resmungou e não discutiu mais. E quando o Sr. Morgan a acompanhou para fora do corredor, ela deu de cara com o diretor da escola, o Sr. Smith.

"Boa tarde, senhora. Tudo bem?", perguntou o diretor, percebendo a angústia no rosto da avó. A avó de Archie explicou a situação e saiu.

"Sr. Morgan, poderia vir à minha sala, por favor? Quero falar com o senhor sobre algo importante a respeito do Archie", disse o diretor.

O Sr. Morgan assentiu com a cabeça e seguiu o diretor até sua sala. Ele estava parcialmente aliviado porque poderia finalmente obter algumas explicações que lhe permitissem ajudar o garoto.

"Sr. Morgan, Archie é um garoto maravilhoso... e sinto muito pelo que ele tem passado", começou o Sr. Smith.

"O pai dele morreu em um acidente de moto há alguns anos. Sua mãe está lidando com alguns problemas complicados desde então. Ela se envolveu em muitos problemas. Não vamos entrar nesse assunto... Sr. Morgan, deixe-me ir direto ao ponto. A escola decidiu expulsar Archie no mês que vem".

O Sr. Morgan não conseguia acreditar no que ouvia: "O quê? Vão expulsar aquele garoto? Mas por quê? Sr. Smith, entendo que Archie tem tido uma vida muito difícil. Talvez ele tenha problemas com alguma coisa. Ainda não sabemos por que suas notas estão caindo. Mas não podemos simplesmente nos livrar dele assim. Temos de ajudá-lo."

"Entendo seu ponto de vista, Sr. Morgan. Todos nós lamentamos o passado difícil de Archie e o que ele está passando agora. Mas também temos uma responsabilidade para com nossos outros alunos. Somos uma instituição de prestígio e temos a obrigação de manter nossos níveis acadêmicos", explicou o diretor em um tom firme.

"Mas, Sr. Smith, para onde irá ele se o expulsarmos? Esta escola é a única chance de Archie ter um futuro melhor. Ele precisa do nosso apoio, mesmo em um momento tão difícil. Não podemos deixá-lo ir embora. E se ele for enviado para alguma escola para crianças problemáticas? Ele pode acabar no caminho errado... entrar nas drogas e no crime... Isso é ainda mais cruel, Sr. Smith. Archie precisa de nossa ajuda, e tenho certeza de que ele pode se sair muito melhor com a orientação correta", argumentou Morgan.

"Sr. Morgan, não podemos colocar os interesses de um aluno acima dos interesses dos outros. Demos a Archie oportunidades suficientes, mas esse garoto não demonstrou nenhuma melhora. Ele está dando um mau exemplo a todos os nossos alunos e está manchando nossas estatísticas de desempenho acadêmico", respondeu o Sr. Smith.

O Sr. Morgan se sentiu derrotado e lamentou por Archie. Implorou ao diretor que considerasse sua decisão, mas sem sucesso.

"Entendo sua preocupação, Sr. Morgan. Mas é assim que nossa escola funciona e você precisa se acostumar com nosso sistema. Alunos preguiçosos como Archie podem se dar melhor em outra escola, mas não aqui. Não podemos mais tolerar seu comportamento e seu baixo desempenho. Sr. Morgan, o senhor tem um mês para apresentar sua avaliação do Archie para que possa expulsá-lo legalmente e com provas", explicou o Sr. Smith.

"E não acho que o senhor será obrigado a inventar uma mentira! Archie facilitará muito seu trabalho com suas notas baixas neste período!". O Sr. Smith deu uma risadinha.

O Sr. Morgan deixou o escritório sentindo-se derrotado. Todo o futuro de Archie estava prestes a ser destruído, e ele não sabia o que fazer para ajudá-lo.

"Tenho que agir... tenho que ajudá-lo de algum jeito", pensou o Sr. Morgan. No final daquela tarde, ele foi até a casa de Archie para encontrar sua mãe e avisá-la da expulsão iminente do garoto.

Ele bateu na porta por um longo tempo e, quando ninguém respondeu, abriu. Quando o Sr. Morgan entrou, um aroma pungente de álcool velho se espalhou sobre ele.

"Sra. Willow? Archie?", chamou ele, e o que encontrou em seguida o fez parar em seu caminho.

Garrafas de uísque vazias estavam espalhadas pelo chão. A grande quantidade de garrafas deixou o Sr. Morgan atônito. Antes que ele pudesse compreender o que estava acontecendo, uma voz o assustou por trás.

"Sr. Morgan, o que está fazendo aqui? A avó de Archie ficou surpresa ao ver o professor na sala.

"Senhora, olá, prazer em vê-la novamente... Eu queria conhecer a mãe de Archie e...". O Sr. Morgan fez uma pausa quando duas crianças pequenas, provavelmente de quatro e seis anos de idade, vieram correndo atrás da mulher.

"Eles também são netos da senhora?"

"Sim! Mas o que você quer? Eu lhe disse que minha filha vai falar com o senhor em breve, quando tiver tempo. Ela não está em casa agora."

"Senhora, desculpe-me, não queria invadir sua privacidade!". O Sr. Morgan forçou um sorriso. "Eu só estava passando e pensei em dar uma checada no Archie e ver como ele está. Onde ele está? Posso vê-lo?".

A mulher hesitou. "Ele não está em casa. Ele saiu... para comprar remédios."

"Seu neto está doente e você o mandou sozinho buscar remédios?"

"Sr. Morgan, Archie é um menino grande e sabe cuidar de si mesmo. Além disso, tenho muito trabalho a fazer. Tenho que começar a limpar, então, se não se importa...".

"Obrigado, senhora. Estou atrasado... Vou me encontrar com o Archie mais tarde. Bom dia, e desculpe incomodá-la". O Sr. Morgan percebeu que falar com a vovó sobre a expulsão de Archie seria inútil, então ele saiu de casa imediatamente.

Quando se dirigiu à porta, encontrou Archie. O garoto estava sujo e exausto. Ele usava uma roupa suja que parecia ser de trabalho e cheirava a tabaco.

"Archie... ei, não vai embora... pare! Pare! Pare aí mesmo!" O Sr. Morgan foi atrás do garoto e o deteve quando ele tentou fugir depois de ver o professor.

"Ei, você não precisa correr, ok? Eu vim vê-lo. Onde você estava e o que é tudo isso? Que cheiro estranho é esse? Você andou fumando?"

Archie olhou para o Sr. Morgan, com os olhos arregalados de medo e constrangimento. "Sr. Morgan, estou bem... por favor, vá embora e não volte mais aqui. Estou cansado e preciso me lavar".

"Você está cansado? Archie, por onde você andou? Você não foi à escola hoje e sua avó me disse que você estava doente. Sei que está escondendo alguma coisa de mim, Archie. Vamos lá, me diga... o que é? Ouça, eu posso ajudá-lo, está bem? Confie em mim.

Archie se recusou a falar e insistiu para que o Sr. Morgan fosse embora imediatamente. Mas o professor estava determinado a decifrar o enigma e insistiu para que o garoto lhe contasse a verdade.

"Olha, Archie... o diretor decidiu expulsar você da escola. Farei tudo o que puder para garantir que isso não aconteça, certo? Mas só poderei ajudá-lo se você me contar o que está acontecendo. Por que você não foi à escola hoje? Conversei com seus colegas de classe... Eles me disseram que você sempre vem para a escola cansado e dorme na aula. O que está acontecendo, Archie? Olhe, não vou repreendê-lo nem levá-lo ao diretor. Quero ajudá-lo, mas você precisa me dizer o que é que está errado."

"Sr. Morgan, obrigado pelo seu esforço, mas acho que o senhor não pode me ajudar. Tenho meus próprios problemas para resolver", começou Archie.

"Minha mãe pediu dinheiro emprestado a alguns bandidos depois que meu pai morreu. Ela começou a chegar tarde em casa e ficou muito doente por causa do excesso de trabalho numa fábrica clandestina de cigarros. Começou a beber e uma vez eu a vi se picando com uma agulha. Ela me disse que esse era seu único alívio... Agora sou um menino grande e não quero ver um homem qualquer entrando na minha casa e gritando pra minha mãe por não ter pago algum dinheiro. Comecei a trabalhar eu também meio período na fábrica de cigarros todos os dias depois da escola, então logo teremos dinheiro suficiente para pagar as dívidas."

Uma pontada de pena tomou conta do coração do Sr. Morgan. "Eu entendo, Archie... Mas você é muito novo para esse trabalho, isso é ilegal. Pode prejudicar sua saúde, não acha que é uma má decisão?"

"Você não faria o mesmo por sua mãe?", respondeu Archie.

"Mas Archie... você não pode estragar seu futuro desse jeito. Você foi feito para algo melhor e mais promissor", argumentou o Sr. Morgan.

"Olhe para suas mãos... veja como estão sujas e ásperas. Você deveria estar segurando livros e artigos de papelaria... não tabaco."

"Ouça-me, campeão. Volte para a escola amanhã e vamos pensar em como ajudar sua mãe, está bem?"

"Qual a diferença que isso vai fazer, Sr. Morgan? Podemos estar passando por um momento difícil agora, mas tenho certeza de que vamos superar tudo isso um dia. E sabe de uma coisa? O senhor pode enviar uma avaliação ruim de mim e fazer com que eu seja expulso da escola. Por mim, tudo bem. Para ser sincero, sou péssimo em meus estudos. Sou o aluno mais fraco da classe... Nada mudará se eu for à escola todos os dias!"

"Mas Archie, essa não é a solução para seus problemas. Você precisa tentar encontrar uma saída. A educação é necessária para todas as crianças, e você não pode simplesmente...". Mas o garoto levantou as mãos antes que o Sr. Morgan pudesse terminar e começou a se afastar.

"Está tudo bem, Sr. Morgan... Eu posso cuidar de mim mesmo. E estou feliz por ter alguém que realmente se preocupa comigo e com minha família. Tenho que ir agora... Tenho que fazer o jantar para meus irmãos. A vovó faz um caldo nojento todo dia, e nós odiamos!".

O Sr. Morgan imediatamente bloqueou o caminho de Archie, dizendo-lhe que tinha uma ideia e implorou ao garoto que lhe desse apenas uma chance de tentar.

"Veja, Archie... Tenho uma proposta! Tenho uma proposta: que tal trocarmos de lugar todos os dias?"

"Trocar de lugar? Não estou entendendo."

"Sim, campeão! Que tal se eu preparar o jantar para você e você fizer a lição de casa todos os dias neste horário? Tudo o que você precisa fazer é voltar para a escola. Você ainda pode ir trabalhar na fábrica depois da escola, já que é apenas um emprego de meio período. E quando chegar em casa, faça a lição de casa e prepare-se para as provas enquanto eu faço o jantar para sua família."

"Sr. Morgan, está de brincadeira? Você não precisa fazer isso... E por que você quer fazer isso... Agora, vamos, vá para casa. Estou atrasado."

"Archie, espere! Estou falando sério! Olhe, eu virei aqui no mesmo horário todos os dias e trocaremos de lugar. Sei que parece loucura, mas não há mal nenhum em tentar, né? De acordo?

Archie ponderou por um tempo e acabou concordando. "Essa parece ser uma ótima ideia, Sr. Morgan. Além disso, eu odeio cozinhar! Temos um acordo. Se quiser queimar seus dedos na minha cozinha, quem sou eu para impedi-lo!!!".

Com o passar dos dias, o Sr. Morgan começou a visitar Archie com mais frequência. Ele preparava o jantar para toda a família enquanto o garoto fazia a lição de casa e se preparava para os exames depois de voltar para casa do seu emprego de meio período na fábrica.

O Sr. Morgan e Archie tornaram-se bons amigos, e o garoto adorava ter o professor por perto. Às vezes, o Sr. Morgan até substituía o garoto no trabalho na fábrica, fazendo tudo o que podia para melhorar o desempenho acadêmico de Archie e evitar que ele fosse expulso.

As orações do Sr. Morgan foram atendidas um mês depois, quando os resultados dos exames chegaram. As notas de Archie tinham melhorado consideravelmente, e o diretor não teve outra escolha a não ser mudar de ideia sobre a expulsão do garoto.

"Obrigado, Sr. Morgan. Eu não teria feito isso se o senhor não tivesse me apoiado e acreditado em mim", o garoto abraçou o professor.

"Não, Archie! Você conseguiu. Tudo isso se deve ao seu esforço."

O Sr. Morgan ficou encantado e, enquanto eles se sentavam para comer uma refeição quente, alguém bateu à porta. A alegria de Archie durou pouco.

"Olá, somos do Serviço de Proteção à Criança", disse uma assistente social. "Podemos entrar e conhecer seu tutor?".

A mente de Archie começou a se agitar. "Serviços de proteção à criança?"

Mas antes que ele pudesse processar qualquer coisa, os assistentes sociais entraram em sua casa para verificar as condições de vida das crianças. Convencidos de que elas não eram ideais, os assistentes se aproximaram das crianças para levá-las embora.

"Sinto muito, mas com base no que vimos aqui hoje e nas informações que recebemos, vamos colocar você e seus irmãos sob nossa custódia até encontrarmos um lar adotivo melhor para vocês", disse o funcionário.

"O quê? Não!", gritou Archie. "Vocês não podem fazer isso. Esta é a nossa casa. Não vamos a lugar nenhum, nem vamos deixar nossa casa."

Mas os assistentes sociais não se intimidaram e levaram Archie e seus irmãos para fora da porta. O menino lutou contra eles e até tentou se libertar e correr de volta para seu quarto.

"Me deixem ir... Por favor, não nos levem embora", implorou Archie enquanto se agarrava desesperadamente à perna da assistente social. "Por favor, não nos tirem de nossa casa.... Vovó... impeça-os. Sr. Morgan, por favor, faça alguma coisa... por favor, impeça-os."

Mas as súplicas de Archie caíram em ouvidos surdos enquanto os assistentes sociais colocavam ele e seus irmãos na parte de trás do carro de patrulha.

"Por que estão fazendo isso?", ele gritou. "O que fizemos para merecer isso?".

Archie se recusou a sair do carro quando chegaram ao abrigo. "Não vou a lugar nenhum", gritou ele. "Quero ir para casa, para minha mãe e minha avó... este não é o meu lar".

Mas os assistentes sociais conseguiram convencer Archie e seus irmãos a sair do veículo e entrar em um ambiente desconhecido. Archie se sentiu desamparado e desiludido. Ele tentou ligar para sua mãe, mas ela não atendeu. Ele teria gostado de ligar para o Sr. Morgan, mas o número que ele tinha não era válido.

Archie sentiu que havia perdido tudo em um piscar de olhos e culpou o diretor por tudo.

"Eu sei que foi o Sr. Smith que fez isso comigo", disse Archie, e xingou o diretor. "Aquele careca me odiava. Ele queria me tirar da escola e, quando não conseguiu, encontrou uma maneira de tornar minha vida miserável. Eu o odeio, Sr. Smith. Eu o odeio por ter feito isso comigo e com meus irmãos".

Quinze anos se passaram desde aquele dia em que Archie entrou pela porta de sua antiga escola, e as lembranças inundaram sua mente. Ele havia passado alguns dos momentos mais felizes e mais difíceis de sua vida nesse lugar.

Archie não pôde deixar de sentir uma sensação de nostalgia e entusiasmo ao percorrer os corredores familiares. Tudo parecia estar no lugar, exceto por algumas mudanças.

De repente, ele ouviu uma voz familiar no microfone e foi até a sala do diretor. Ele ficou satisfeito ao ver que o diretor era ninguém menos que seu antigo professor de história, o Sr. Morgan.

"Desculpe-me, senhor... eu...", disse Archie, mas o Sr. Morgan o interrompeu com um largo sorriso antes que ele pudesse terminar a frase.

"Você é o novo professor de inglês?", disse Morgan a Archie. "Entre, por favor. Acabei de voltar de uma viagem de campo e me disseram que temos um novo professor de inglês do ensino médio conosco hoje. Eu me chamo Luis Morgan. Prazer em conhecê-lo, senhor...".

Archie ficou pasmo, exibindo seu melhor sorriso. Olhando nos olhos de seu ex-professor, ele sentiu o mesmo calor e a mesma gentileza de todos aqueles anos atrás. Era como se nada tivesse mudado. Mas tudo tinha mudado!

"Sr. Morgan! Sou eu... Archie. O senhor se lembra de mim? O garoto que fedia a tabaco... usava calças sujas na escola... e nunca fazia a lição de casa?", Archie se animou.

"ARCHIE?! O Sr. Morgan ficou chocado. "Oh, meu Deus... Nossa... Archie, esse é realmente você?".

"É tão bom ver você, Archie, meu filho! Olhe para você! Você cresceu tanto. Já se passaram 15 anos... Oh, meu Deus! Estou tão feliz por você ainda se lembrar de mim". O Sr. Morgan abraçou Archie, com uma estranha tristeza brotando em seus olhos.

"Fui eu, Archie!", revelou o Sr. Morgan no meio da conversa. "Liguei para o Serviço de Proteção à Criança naquele dia. Eu só queria que você tivesse uma vida melhor. Desculpe-me por não lhe ter dito... Espero que um dia você me perdoe."

"Eu sabia que me faltava uma peça do quebra-cabeça, Sr. Morgan! No começo, achei que o Sr. Smith teria chamado, mas depois pensei que não poderia ter sido ele. Ele só estava chateado com meu desempenho acadêmico... E ficou feliz quando minhas notas melhoraram!", riu Archie.

"A vida que levo agora... meu sucesso... minha felicidade, devo-o tudo a você, Sr. Morgan. O senhor me ensinou do que sou realmente capaz... O senhor me fez acreditar em mim mesmo quando ninguém mais acreditava. Você me pegou pela mão quando todos estavam tentando se livrar de mim. Obrigado, Sr. Morgan.

Archie fez uma pausa e acrescentou: "Às vezes, a melhor decisão é a mais difícil."

O que podemos aprender com essa história?

• É preciso ter coragem para enfrentar a dor e o desconforto que podem advir de uma decisão difícil. Mas, no final, essas decisões podem levar a resultados positivos e a um futuro melhor. Apesar de saber que Archie seria tirado de sua zona de conforto, o Sr. Morgan denunciou as condições precárias de vida do menino e de seus irmãos aos serviços de proteção à criança. Eles foram levados e, embora o Sr. Morgan tenha ficado magoado, ele sabia que isso era para fornecer um futuro brilhante para as crianças.
• É preciso ter perseverança e força de vontade para superar obstáculos e alcançar o sucesso. Archie nunca acreditou em si mesmo e estava a ponto de abandonar a escola, achando que era um perdedor. Mas o Sr. Morgan, seu bondoso professor, abriu seu coração e plantou nele a semente do esforço e da confiança. No final, as notas de Archie melhoraram e, 15 anos depois, toda a sua vida mudou para melhor.

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Esta história é inspirada na vida cotidiana de nossos leitores e foi escrita por um redator profissional. Qualquer semelhança com nomes ou locais reais é mera coincidência. Todas as imagens mostradas são apenas para fins ilustrativos. Compartilhe sua história conosco, ela pode mudar a vida de alguém. Se quiser compartilhar sua história, envie-a para info@amomama.com.