Família se reúne para o funeral de um velho empresário e fica chocada ao ouvir sua voz saindo do caixão - História do dia
O detetive Scott visita o funeral de seu amigo, mas fica chocado ao descobrir que o que parecia ser uma morte pacífica se transformou em um assassinato complexo motivado pela riqueza, com as suspeitas recaindo sobre a família da vítima.
Scott chegou ao funeral de seu amigo Charles com o coração pesado de tristeza. A casa funerária, geralmente um local de luto silencioso, estava hoje repleta de uma multidão sombria. Os filhos de Charles, uma mistura de rostos jovens e mais velhos, estavam amontoados, os olhos refletindo a tristeza da perda. Colegas, alguns que Scott reconheceu pelas muitas histórias que Charles compartilhou durante sua longa amizade, misturavam-se silenciosamente, trocando saudações moderadas e olhares de simpatia.
Enquanto Scott se movia entre eles, oferecendo suas condolências, ele podia sentir o profundo impacto que Charles teve na vida de todos. A sala estava adornada com arranjos florais, o perfume de lírios e rosas misturando-se no ar, acrescentando uma doçura delicada à atmosfera melancólica.
Funeral | Fonte: Shutterstock
De repente, o murmúrio sombrio da multidão foi interrompido por um som tão inesperado que causou um suspiro coletivo. Do caixão, colocado solenemente na frente da sala, veio a voz de Charles. Foi um momento surreal, como se o tempo tivesse parado e a realidade estivesse suspensa. Os enlutados olharam em volta, incrédulos, suas expressões eram uma mistura de choque e confusão.
Com um sentido de urgência, Scott aproximou-se do caixão. Os olhos dos enlutados reunidos o seguiram, seus sussurros silenciando enquanto observavam. Ele alcançou o caixão e, com mão hesitante, abriu-o. Lá dentro, em vez do repouso pacífico de Charles, havia um dispositivo, cuja tela brilhava fracamente na penumbra da sala.
A voz que emanava do aparelho era inconfundivelmente de Charles. Era uma gravação, seu tom sério, quase agourento. "Se você está ouvindo isso", começou a voz gravada de Charles, "significa que eu estava certo. Eu acreditava que minha vida estava em perigo e agora, ao que parece, foi provado que eu estava certo."
Scott ouviu atentamente enquanto a voz de Charles continuava, detalhando suas suspeitas e medos. "Tenho motivos para acreditar que minha morte não foi acidental. Suspeito que tenha sido um dos meus herdeiros, motivado pela ganância e pela impaciência."
Gravador | Fonte: Shutterstock
A sala estava em silêncio, o ar denso de tensão. Scott podia sentir os olhos de todos na sala sobre ele enquanto a gravação continuava. “Eu preparei esta armadilha, este teste, para revelar a verdade. Se minha morte foi realmente violenta, então o responsável está entre vocês.”
A voz de Charles assumiu um tom solene quando ele se dirigiu diretamente a Scott. "Scott, meu velho amigo, confio-lhe esta tarefa. Encontre o responsável pela minha morte antes que meu testamento seja lido. Se o fizer, será recompensado. Mas se o assassino não for encontrado, todos os meus bens irão para caridade."
A mensagem terminou, deixando um pesado silêncio. O choque ficou evidente nos rostos dos enlutados. Alguns se entreolharam com suspeita, outros com medo. Os filhos de Charles ficaram visivelmente abalados, suas expressões eram uma mistura de descrença e tristeza.
Scott fechou o caixão suavemente, sua mente acelerada com o peso da tarefa que tinha pela frente. A sala irrompeu em conversas silenciosas enquanto ele recuava, a realidade do que tinham acabado de ouvir se instalando.
Luto | Fonte: Shutterstock
Scott sabia o que tinha que fazer. Ele tinha que começar a investigar, para honrar o último desejo do amigo. As pistas estavam lá, escondidas nas vidas e relacionamentos daqueles que Charles tinha deixado. Scott estava determinado a descobrir a verdade, não importando o quão fundo ele tivesse que cavar. Com um senso de propósito, ele começou a planejar seus próximos passos. O mistério da morte de Charles era um quebra-cabeça que ele ia a resolver.
A revelação do caixão causou uma onda de choque entre os presentes no funeral. Familiares, amigos e colegas de Charles, todos unidos na dor, agora estavam unidos na indignação. Murmúrios de descrença e raiva encheram a sala enquanto os convidados começavam a sair, com expressões numa mistura de choque e indignação. A atmosfera serena do funeral foi destruída, substituída por uma nuvem de suspeita e confusão.
No meio do caos, Lydia, filha do empresário, permaneceu na sala com Scott. Ela era uma figura equilibrada, sua compostura contrastava fortemente com a agitação ao redor deles. Como membro do conselho de administração da empresa de seu pai, ela exalava uma sensação de confiança e controle. No entanto, havia um toque de vulnerabilidade em seus olhos enquanto falava com Scott.
“Sempre estive ao lado do meu pai”, disse Lydia, com a voz firme, mas cheia de emoção. "De todos os seus filhos, fui eu quem assumiu as responsabilidades, que me esforcei para corresponder às suas expectativas. Mas meu pai tinha seus demônios. Ele sempre foi paranóico, desconfiando das pessoas ao seu redor."
Ataque cardíaco | Fonte: Shutterstock
Scott ouviu atentamente, sua mente de detetive reunindo as peças da imagem de Charles a partir das palavras de Lydia. "Você mencionou que ele morreu de ataque cardíaco", Scott sugeriu gentilmente, encorajando-a a continuar.
Lydia assentiu, um tom de tristeza passando por suas feições. "Sim, foi repentino. Ele não era um homem violento e não houve violência em sua morte. É por isso que acredito que a herança deveria ir legitimamente para seus filhos, de acordo com sua vontade."
A conversa foi interrompida pela saída do último convidado, a porta fechando-se atrás deles com um clique suave. A sala, antes cheia de pessoas em luto, agora estava estranhamente silenciosa, a tensão ainda pairando no ar.
Scott sabia que eles tinham pouco tempo a perder. "Lydia, você poderia me levar ao quarto onde seu pai foi encontrado?" ele perguntou, sua voz carregando um senso de urgência.
Condução | Fonte: Shutterstock
Scott entrou no quarto de Charles, um espaço que ainda continha a essência do homem a quem pertencia. A sala estava arrumada, com cada item meticulosamente colocado, refletindo a natureza metódica de Charles. Lydia seguiu de perto, seus passos quase inaudíveis no tapete macio. O ar estava pesado, carregado de uma tristeza silenciosa que parecia agarrar-se às paredes.
Enquanto Scott examinava a sala, seus instintos de detetive entraram em ação. Ele observou cada detalhe, desde os livros bem arrumados na estante até as fotografias emolduradas que adornavam as paredes, cada uma contando uma história de tempos mais felizes.
Lydia observou Scott com os braços cruzados, como se estivesse se preparando contra a inundação de memórias da sala. “A polícia disse que foi um ataque cardíaco”, ela o lembrou, com uma voz que misturava tristeza e resignação.
Scott assentiu, reconhecendo sua declaração. "Sim, isso dizeram. Mas em casos como este, cada detalhe é importante." Seu olhar então caiu sobre algo que parecia fora do lugar: um pacote de comprimidos na mesa de cabeceira.
Comprimidos | Fonte: Shutterstock
Ele pegou o pacote, examinando-o atentamente. O frasco de remédio estava vazio, o que lhe pareceu estranho. "Essas pílulas", Scott refletiu em voz alta, franzindo a testa em concentração, "se Charles as estava tomando conforme prescrito, então este pacote, com base na data de compra, deveria estar pelo menos meio cheio."
Lydia se aproximou, olhando para o pacote de comprimidos nas mãos de Scott. "O que você está sugerindo?" ela perguntou, uma pitada de defensiva rastejando em sua voz.
Scott colocou a cartela de comprimidos de volta na mesa de cabeceira, sua mente processando as possibilidades. "É possível que alguém os tenha esvaziado intencionalmente. Não podemos descartar a possibilidade de crime."
O rosto de Lydia empalideceu ligeiramente com a implicação. "Mas por que alguém faria isso? Meu pai era muito querido."
Homem | Fonte: Shutterstock
Scott virou-se para ela, com uma expressão séria. “Às vezes, a razão por trás de tais ações não é imediatamente clara. Pode ser para ganho financeiro, vinganças pessoais ou algo totalmente diferente.”
O silêncio que se seguiu foi pesado, cada um perdido em seus pensamentos. Lydia parecia lutar com a ideia, sua crença na morte pacífica de seu pai agora desafiada.
A atenção de Scott foi atraída de volta para a sala. Ele começou uma busca mais completa, movendo-se com passos determinados. Lydia observou-o, com uma mistura de curiosidade e apreensão nos olhos.
Inspecionando o chão, o olhar atento de Scott vislumbrou algo debaixo da cama – uma pílula solitária. Ele o pegou com cuidado, segurando-o entre os dedos para ver mais de perto antes de colocá-lo em um pequeno saco de evidências que carregava.
Mão com pílula | Fonte: Shutterstock
“Isso pode ser importante”, disse Scott, seu tom indicando a seriedade da descoberta. "Precisamos analisar isso."
A voz de Lydia tremia enquanto ela falava: “Meu irmão Carl... ele trouxe essas pílulas para o papai."
Scott virou-se para encará-la, seu olhar atento. "Conte-me mais sobre Carl", ele insistiu, sua voz gentil, mas firme.
Lydia suspirou, o peso dos problemas de sua família evidente em sua voz. "Carl morava aqui com papai. Ele ajudava em algumas tarefas, como conseguir o remédio para papai. Mas o relacionamento deles era tenso. Carl se sentia sobrecarregado pelas expectativas de nosso pai, e papai estava frustrado com o estilo de vida de Carl."
Argumento | Fonte: Shutterstock
Ela fez uma pausa, com os olhos distantes enquanto recordava uma lembrança dolorosa. "Pouco antes de meu pai falecer, eles tiveram uma grande briga. Eu ouvi. Papai ficou furioso, ameaçando cortar a vida financeira de Carl. Foi intenso."
Scott absorveu as palavras dela, sua mente reunindo as peças da dinâmica familiar. "Alguém mais teve acesso a essas pílulas?" ele perguntou, seus instintos de detetive a todo vapor.
Lydia balançou a cabeça lentamente. "Na verdade não. Carl foi quem cuidou disso. Embora, teoricamente, qualquer pessoa na casa pudesse ter acessado a isso."
Scott assentiu, arquivando essa informação. "Precisamos falar com Carl", afirmou ele, com um senso de urgência em sua voz. "Ele pode ser capaz de lançar mais luz sobre isso."
Lydia concordou, embora uma expressão de preocupação cruzasse seu rosto. "Vou ver se consigo descobrir onde ele pode estar", disse ela, pegando o telefone.
Bar | Fonte: Shutterstock
Enquanto Lydia fazia ligações, Scott deu uma última olhada ao redor da sala. Cada objeto, cada detalhe, era uma peça do quebra-cabeça que representava a vida e a morte de Charles. Ele sabia que precisava examinar todas as pistas, todas as possibilidades, para descobrir a verdade.
Finalmente, Lydia desligou o telefone com uma expressão sombria. “Ele está em um bar local, o local habitual onde afoga suas mágoas”, informou ela a Scott.
Scott assentiu com um brilho determinado nos olhos. "Vamos falar com Carl. É hora de termos algumas respostas." Com isso, eles saíram da sala, entrando em um mundo que estava alheio à nuvem negra de mistério que pairava sobre a casa.
Scott chegou ao bar local, um lugar que parecia agarrado às sombras da cidade. O letreiro de néon tremeluzia acima da entrada, lançando um brilho fraco nas figuras que se amontoavam lá dentro. Ao abrir a porta, o cheiro de cerveja velha e fumaça persistente o atingiu, e o murmúrio baixo de conversas abafadas encheu o ar. O bar era um refúgio para quem buscava consolo em seus problemas, um lugar onde o mundo lá fora parecia uma memória distante.
Bêbado | Fonte: Shutterstock
Ele avistou Carl quase imediatamente, curvado sobre o bar com uma bebida na mão, sua figura caída de uma maneira que revelava muito sobre seu estado atual. Os olhos de Carl estavam vidrados e desfocados – os olhos de um homem que havia se perdido. Scott se aproximou com cautela, ciente de que a conversa que estava prestes a iniciar poderia se tornar volátil.
"Carl?" A voz de Scott era firme, uma âncora na névoa mal iluminada do bar.
Carl olhou para cima, com o olhar turvo e desfocado. O reconhecimento brilhou em seus olhos, rapidamente substituído por uma cautela que parecia enraizada em sua alma. "Quem está perguntando?" As palavras de Carl ficaram ligeiramente arrastadas, uma prova das horas que ele provavelmente passou no bar.
"Eu sou Scott, amigo do seu pai", Scott se apresentou, sentando-se ao lado de Carl. "Estou investigando o que aconteceu com ele."
A expressão de Carl mudou para amargura e tristeza, uma mistura tóxica que parecia consumi-lo. "O que há para conversar? Papai se foi. Ataque cardíaco, eles disseram", ele murmurou, sua voz pesada com uma mistura de tristeza e álcool.
Drogaria | Fonte: Shutterstock
Scott observou Carl, notando o desespero que parecia pairar sobre ele como uma nuvem. "Eu sei que este é um momento difícil para você, mas preciso perguntar sobre a medicação do seu pai. Você sempre pegava na hora certa?"
O olhar de Carl vagou, perdido em pensamentos ou memórias. "Na maioria das vezes, sim. Mas às vezes eu esquecia. Quando isso acontecia, eu pedia a Elizabeth, a empregada, que fosse buscar para mim", ele admitiu, a confissão parecendo aumentar o peso sobre seus ombros.
Os instintos de detetive de Scott foram aguçados. “Você esqueceu de pegar o remédio antes da morte do seu pai?”
Carl encolheu os ombros, um gesto que carregava um mundo de arrependimento. "Talvez uma ou duas vezes, mas eu não o matei, se é isso que você está pensando. Foi apenas um ataque cardíaco."
Scott se inclinou para frente, seu comportamento sério, mas empático. "Carl, há algo que você deveria saber." Ele retirou os resultados da análise da pílula, um pedaço de papel que tinha mais peso do que seria de esperar. “A pílula que encontrei no quarto do seu pai continha Sarin. É um veneno que pode ter causado o ataque cardíaco.”
Veneno | Fonte: Shutterstock
A revelação atingiu Carl como um golpe físico. Seu rosto ficou sem cor, seu corpo ficou tenso, uma mistura de choque e descrença estampada em todo ele. "Sarin? Você acha que eu envenenei meu próprio pai?" Sua voz era um sussurro entrecortado, uma mistura de confusão e horror emergente.
Antes que Scott pudesse responder, o barulho pesado das botas anunciou a chegada da polícia. Eles entraram no bar e sua presença mudou a atmosfera instantaneamente. Eles se aproximaram de Carl, com expressões solenes, mas não indelicadas.
"Carl, você está preso como suspeito da morte de seu pai, Charles", anunciou um dos policiais, com voz firme, mas compassiva.
Carl ergueu os olhos, sua linguagem corporal falando de derrota e desespero. "Não fui eu. Juro, não o matei", murmurou ele, quase para si mesmo, enquanto os policiais o guiavam para fora do bar.
Scott assistiu em silêncio, sua mente era um turbilhão de pensamentos e dúvidas. As peças do quebra-cabeça foram se encaixando lentamente, mas algo não se encaixava direito. A facilidade com que o veneno foi descoberto, o choque e a descrença de Carl, as complexidades da dinâmica familiar – tudo pintou um quadro complexo e obscuro.
Investigação | Fonte: Shutterstock
Quando o bar voltou ao seu zumbido moderado, Scott ficou sentado lá, pensando em seu próximo movimento. A verdade era elusiva, escondida sob camadas de segredos de família e tensões tácitas. Ele sabia que precisava ir mais fundo, olhar além do óbvio para descobrir o que realmente aconteceu com Charles. A jornada para a verdade era muitas vezes uma estrada sinuosa, e Scott estava preparado para segui-la aonde quer que ela levasse.
Scott estacionou o carro a poucos metros do veículo de Carl, um modelo de luxo que, apesar de sua marca sofisticada, apresentava sinais de abandono. Seu exterior outrora imaculado estava agora manchado por camadas de poeira e sujeira, mas a opulência subjacente do carro ainda era evidente. Ao se aproximar, Scott não pôde deixar de refletir sobre a contradição que isso representava – um símbolo de riqueza, mas refletindo uma vida que parecia estar fora de controle.
Ele examinou o carro primeiro por fora, seus olhos treinados procurando por qualquer sinal de irregularidade. Os vidros foram escurecidos, dando ao carro uma aura ainda mais secreta. Respirando fundo, Scott abriu a porta do motorista, que rangeu levemente como se reclamasse do incômodo.
O interior do carro contrastava fortemente com o exterior. Os bancos de couro, embora empoeirados, eram de alta qualidade, e o painel abrigava uma série de dispositivos sofisticados. Era um carro destinado a alguém que apreciava o luxo, mas a desordem interna dizia muito sobre o atual estado de espírito de Carl. Embalagens vazias de fast food cobriam o banco do passageiro e vários itens pessoais estavam espalhados ao acaso pelo interior.
Carro | Fonte: Shutterstock
Scott começou sua busca metodicamente, verificando o porta-luvas, embaixo dos bancos e nos bolsos laterais. Ele sabia que se houvesse alguma evidência a ser encontrada, ela não seria imediatamente visível. A sua experiência ensinou-lhe que provas cruciais estavam muitas vezes escondidas à vista de todos, ignoradas por aqueles que não sabiam onde procurar.
Finalmente, sua persistência valeu a pena. Escondido sob uma pilha de jornais e revistas velhos no banco de trás, Scott encontrou o que procurava: uma sacola contendo Sarin. A descoberta causou um arrepio na espinha. Sarin não era algo que alguém tivesse acidentalmente. Sua presença no carro de Carl era uma peça significativa do quebra-cabeça, mas levantou mais perguntas do que respostas.
Com a bolsa de Sarin cuidadosamente guardada, Scott ligou para Elizabeth, a empregada que Karl alegou que às vezes o ajudava a pegar remédios. Ele pegou o telefone e discou o número que havia obtido nos registros policiais.
"Olá, Elizabeth? Aqui é o Detetive Scott. Estou investigando a morte de Charles e preciso lhe fazer algumas perguntas", ele começou, seu tom profissional, mas amigável.
A voz de Elizabeth era tímida, um leve tremor denunciando seu nervosismo. "Sim, detetive. O que você precisa saber?"
Mulher no telefone | Fonte: Shutterstock
Scott foi direto ao ponto. "Eu entendo que você foi responsável por pegar o medicamento de Charles na farmácia. Você pegou a receita mais recente dele?"
Houve uma pausa antes de Elizabeth responder, com a voz cheia de preocupação. "Sim, eu fiz. Sempre me certifiquei de levar a medicação do Sr. Charles na hora certa. Ele dependia disso."
Scott continuou. "Você ainda tem o remédio?"
"Sim, ainda está aqui em casa. Sr. Charles... ele... ele não teve a chance de pegá-lo," a voz de Elizabeth estava embargada de emoção.
"Obrigado, Elizabeth. Sua informação foi muito útil", disse Scott, sua mente já acelerada com as implicações desta nova revelação.
Ele encerrou a ligação e reservou um momento para organizar seus pensamentos. A descoberta do Sarin no carro de Carl, o remédio imaculado ainda na casa – as peças estavam se juntando lentamente, mas a imagem que formavam era complexa e obscura.
Scott sabia que estava prestes a descobrir a verdade, mas ainda havia lacunas a serem preenchidas e perguntas a serem respondidas. A caixa era como um quebra-cabeça e ele estava determinado a encaixar cada peça em seu devido lugar.
Polícia | Fonte: Shutterstock
Scott foi até a delegacia, com a mente agitada com os recentes desenvolvimentos do caso. O prédio era uma estrutura austera e utilitária, e suas paredes ecoavam as inúmeras histórias de justiça e crime que tinham passado por suas portas. Lá dentro, a atmosfera era uma mistura de agitação rotineira e a tendência de urgência que é a marca registrada do trabalho de aplicação da lei.
Ele foi saudado por oficiais que o conheciam bem, e seus acenos de cabeça eram uma mistura de respeito e camaradagem. Scott era uma figura conhecida aqui, e sua reputação como detetive minucioso e dedicado estava bem estabelecida.
“Detetive Scott, que bom ver você”, cumprimentou o oficial Mills, um policial experiente que estava na força há anos. "Ouvimos sobre o seu trabalho no caso Charles. Encontrar Sarin no carro de Carl - é um excelente trabalho de detetive."
Scott assentiu em reconhecimento, mas não conseguiu esconder seu desconforto. "Obrigado, mas algo neste caso não me parece certo", ele admitiu, com a voz tingida de dúvida. "Tudo se encaixa perfeitamente. A evidência escondida no quarto de Charles e depois encontrar a evidência principal no carro de Carl? Parece estranho."
O oficial Mills recostou-se na cadeira, com uma carranca na testa. "Entendo o que você quer dizer, mas você sabe como é. Os criminosos cometem erros o tempo todo. Carl parece ser o suspeito perfeito."
Suspeito | Fonte: Shutterstock
Scott andava pela sala, seus pensamentos acelerados. "É isso mesmo. É perfeito demais. Gostaria de pedir que os detalhes sobre o Sarin ainda não sejam publicados. Tenho um palpite de que há mais nesta história."
O oficial ergueu uma sobrancelha, curioso. "Tudo bem, Scott, podemos adiar a divulgação dessa informação por enquanto. Mas o que você está pensando? Você acredita que Carl não fez isso?"
Scott fez uma pausa, pesando cuidadosamente suas palavras. "Ainda não tenho certeza. Mas precisamos considerar todas as possibilidades. A reação de Carl quando foi preso, a dinâmica familiar em jogo, a forma peculiar como as evidências foram apresentadas... Só preciso de mais tempo para juntar as peças."
O oficial Mills assentiu, compreendendo a necessidade de meticulosidade num caso tão complexo. "Tudo bem, Scott. Confiamos no seu julgamento. Você tem o tempo que precisa."
Scott agradeceu e saiu do escritório, com a mente já agitada com os próximos passos da investigação. Ao sair, a agitação da cidade o envolveu. A esquadra da polícia, com o seu fluxo constante de casos, era um microcosmo do pulso da cidade – sempre em movimento, sempre viva com histórias de triunfo e tragédia.
Crime | Fonte: Shutterstock
Seu próximo passo foi revisitar tudo o que sabia, procurar por algo que pudesse ter sido esquecido. Cada detalhe importava num caso como este, e Scott sabia que a chave para desvendar o mistério poderia estar nos detalhes mais inócuos.
Enquanto dirigia, Scott refletia sobre a complexidade do caso. Charles, um homem que viveu uma vida de sucesso e influência, agora tinha falecido em circunstâncias misteriosas. Carl, o filho que parecia estar lutando com seus próprios demônios. Lydia, a filha que foi firme na defesa do irmão. E havia o Sarin, um veneno mortal que de alguma forma havia entrado na medicação de Charles.
A cidade passou como um borrão enquanto Scott se dirigia à casa de Lydia. As respostas que procurava estavam ali, escondidas nas paredes e nas memórias da casa. Ele precisava abordar a investigação com uma nova perspectiva, olhar além do óbvio e mergulhar nas camadas subjacentes.
Chegando em casa, Scott respirou fundo, preparando-se para a tarefa que tinha pela frente. A verdade estava ali, em algum lugar entre sombras e segredos. Ele estava determinado a encontrá-lo, a encerrar um caso que se tornara mais do que apenas um trabalho. Era um quebra-cabeça que o desafiava, um mistério que exigia ser resolvido. E Scott não era do tipo que recuava diante de um desafio.
Mulher | Fonte: Shutterstock
Ao voltar para a residência de Lydia, Scott sentiu um misto de apreensão e determinação. A casa, com sua fachada elegante e jardins bem cuidados, contrastava fortemente com a agitação que se desenrolava dentro de suas paredes. Foi recebido por Lydia, que o conduziu até uma espaçosa sala de estar onde a luz do sol se filtrava pelas cortinas, lançando um brilho suave sobre a decoração de bom gosto.
Lydia serviu chá para os dois, com as mãos tremendo ligeiramente ao fazê-lo. Eles ficaram sentados em silêncio por um momento, o ar pesado com pensamentos não ditos. Lydia finalmente quebrou o silêncio, com a voz trêmula de emoção.
“É tão chocante”, ela começou, com lágrimas nos olhos. "Não acredito que Carl pudesse fazer isso com nosso pai. Eles discutiram, sim, mas para recorrer a algo tão terrível como Sarin..."
Scott a observou atentamente, notando o choque e a tristeza genuínos em seu comportamento. No entanto, um detalhe de sua declaração chamou sua atenção. "Você mencionou Sarin," ele interrompeu gentilmente. "Como você soube disso? Os detalhes do veneno não foram divulgados pela polícia."
Lydia fez uma pausa, um lampejo de confusão cruzando seu rosto. "Eu... eu apenas presumi. Com tudo o que aconteceu, parecia uma possibilidade", ela gaguejou, evitando o olhar de Scott.
Chá | Fonte: Shutterstock
A mente de Scott estava acelerada. O conhecimento de Lydia sobre o Sarin era um detalhe significativo, que ela não poderia saber a menos que...
Ele decidiu investigar mais. "Há outra coisa que está me incomodando", disse Scott, pousando sua xícara de chá. "Carl foi inflexível ao dizer que desta vez não pegou o remédio para Charles. Ele disse que era Elizabeth, a empregada."
A expressão de Lydia mudou para frustração. "Carl não é confiável. Ele bebe demais. Ele poderia facilmente ter esquecido se pegou o remédio ou não."
Scott assentiu, absorvendo a resposta dela. "Esse é um ponto justo. Mas não podemos ignorar nenhuma possibilidade. Cada detalhe é crucial num caso como este."
Lydia enxugou os olhos e respirou fundo, tentando se recompor. "Eu entendo. É difícil pensar em nada disso. Nossa família... nunca imaginamos que algo assim pudesse acontecer."
Scott ofereceu um aceno de cabeça solidário. "Eu entendo que isso seja difícil para você, Lydia. Você foi muito útil. Obrigada pelo chá."
Quando ele se levantou para sair, Lydia estendeu a mão, com a voz tingida de desespero. "Por favor, descubra a verdade, Scott. Precisamos saber o que realmente aconteceu com meu pai."
Amigo | Fonte: Shutterstock
Scott garantiu a ela que faria tudo o que pudesse antes de se despedir. Ao sair, o ar fresco contrastava fortemente com o calor da casa. Ele caminhou até o carro, sua mente um turbilhão de pensamentos e teorias.
O conhecimento de Lydia sobre o Sarin, a insistência de Carl em relação a Elizabeth, o veneno encontrado no carro de Carl – cada um deles era uma peça do quebra-cabeça. Scott sabia que precisava agir com cuidado, examinando cada pista, cada ângulo, para descobrir a verdade.
A viagem de volta à delegacia foi um momento de reflexão. O caso era como uma teia complexa, com cada fio conectado a outro de maneiras que não eram imediatamente aparentes. O trabalho de Scott era desembaraçar esses fios, para revelar o padrão escondido dentro deles.
Pensou em Charles, um homem cuja vida terminara em circunstâncias misteriosas, e nos seus filhos, cujas vidas estavam agora envoltas em suspeita e tristeza. A verdade estava ali, em algum lugar no meio da teia emaranhada de segredos de família e motivos ocultos. E Scott estava determinado a encontrá-lo, a encerrar um caso que se tornara mais do que apenas uma investigação. Foi uma busca pela verdade em meio a um mar de mentiras.
Advogado | Fonte: Shutterstock
No escritório do advogado, uma sala repleta de prateleiras de livros jurídicos e cortinas pesadas que silenciavam o sol da tarde, o detetive Scott e Travis, o irmão mais novo de Lydia, estavam sentados em um silêncio tenso. O ar estava denso com o peso da expectativa, cada segundo se prolongando mais que o anterior. Travis, um jovem que ainda navegava pelas complexidades da vida adulta, mexia-se nervosamente, com as mãos firmemente cruzadas no colo. Scott, por outro lado, exalava uma calma tranquila, seus olhos observadores e pensativos.
A porta se abriu e Lydia entrou correndo, sua falta de ar denunciando sua pressa. "Sinto muito pelo atraso", ela engasgou, alisando a blusa enquanto se sentava ao lado de Travis. Seu pedido de desculpas, sincero, mas confuso, pouco fez para aliviar a tensão que pairava no ar.
O advogado, uma figura estóica com um comportamento que falava de anos de profissão jurídica, pigarreou e começou a ler o testamento de Charles. "De acordo com o último testamento", entoou ele, sua voz ecoando levemente na sala solene, "metade da herança será legada a Lydia." Ele fez uma pausa e depois voltou seu olhar para Travis. “E como Travis é menor de idade, Lydia administrará sua parte até ele atingir a maioridade.”
Lydia ouviu, seu rosto era uma máscara de compostura, mas seus olhos traíam um lampejo de algo mais profundo, uma mistura de alívio e uma emoção inominável. Travis, jovem e aparentemente fora de si, simplesmente assentiu, com uma expressão de aceitação perplexa.
Testamento | Fonte: Shutterstock
A leitura foi abruptamente interrompida por Scott, que se levantou, com a voz firme e chamando a atenção. "Devo salientar que o verdadeiro assassino ainda não foi capturado." A sala caiu em um silêncio atordoante, a gravidade de sua declaração pairando pesadamente no ar.
Lydia virou-se para Scott, seu choque era evidente. "O que você quer dizer, Scott?" ela perguntou, sua voz tremendo ligeiramente.
O olhar de Scott era inabalável, seu comportamento era o de um homem que viu muitas verdades escondidas em mentiras. "Lydia, ontem à noite você mencionou Sarin, o veneno que matou seu pai. Essa informação não foi divulgada pela polícia. Como você soube disso?"
O rosto de Lydia empalideceu e sua compostura diminuiu. "Eu... foi um palpite", ela gaguejou, evitando o olhar penetrante de Scott. "Apenas um palpite de sorte."
Scott continuou, implacável. "No corredor, notei as chaves do BMW, embora você dirija um Ford. O BMW pertence a Carl. Após uma investigação mais aprofundada, descobri que você tinha chaves extras do carro de Carl. Além disso, Elizabeth, a empregada, confirmou que você costumava dirigir Carl em seu carro devido à sua embriaguez."
A defesa de Lydia foi imediata, um misto de desespero e indignação. "Estas são meras conjecturas de um velho detetive. Conduzir Carl não me torna uma assassina. Isso mostra que me importo com meu irmão."
Scott assentiu, reconhecendo seu ponto de vista, mas permaneceu firme. "É verdade que o medicamento foi prescrito e estava disponível em quantidade limitada. Carl muitas vezes se esquecia de pegá-lo e Elizabeth o ajudava. No entanto, Elizabeth confirmou que ainda tinha o remédio com ela. Carl não poderia ter envenenado Charles, pois ele nunca recebeu o remédio dela."
Lydia balançou a cabeça, a voz cheia de frustração. "Isso é um absurdo! Elizabeth é velha e esquece as coisas. Ela provavelmente não pegou nada este mês."
A resposta de Scott foi calma, mas assertiva. "O remédio estava mesmo com Elizabeth, mas só isso não indica quem os substituiu. Se alguém tentasse roubá-los de Elizabeth e escondê-los, isso poderia apontar para culpa."
Prisão | Fonte: Shutterstock
Sem aviso, Scott pegou a bolsa de Lydia. "Você se atrasou hoje, Lydia. Acredito que você passou na casa de Elizabeth para tomar o remédio." Ele abriu a bolsa e tirou um pote de comprimidos.
A fachada de Lydia desmoronou, seu rosto contorcido em uma mistura de fúria e medo. "Você não pode provar nada! Isso é ridículo!"
Mas as provas eram convincentes e, naquele momento, a polícia entrou na sala. "Lydia, você está presa pelo assassinato de Charles", anunciou um dos policiais ao se aproximar dela.
Enquanto Lydia era levada embora, e seus protestos e negações ecoavam no escritório do advogado, a verdade sobre o assunto pairava no ar. Scott descobriu a verdadeira história por trás da morte de Charles, mas a revelação veio acompanhada de um profundo sentimento de perda e traição.
O advogado, após um momento de silêncio atordoado, retomou a leitura do testamento. "À luz destes acontecimentos, a herança será agora dividida entre Travis e Carl. E de acordo com as instruções de Charles, uma recompensa de um milhão de dólares será concedida a Scott pelos seus esforços na resolução do caso."
Scott sentou-se novamente, a magnitude do que tinha acontecido pesando sobre ele. Ele tinha resolvido o caso, mas o custo era alto. Uma família foi destruída, um irmão acusado injustamente e uma filha enfrentava agora as consequências dos seus actos.
Saindo do escritório do advogado, o sol se punha, lançando um tom dourado sobre a cidade. O caso foi encerrado, mas os ecos do que aconteceu naquela família permaneceriam na mente de Scott por muito tempo. As respostas foram encontradas, mas tiveram um preço, um lembrete da verdade muitas vezes dolorosa que está por baixo da superfície dos laços familiares e dos motivos ocultos.
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